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Ainda sobre Ser Paulista

12/6/2015

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JULIO BUENO

Ainda sobre o sentimento de Ser Paulista, diante de alguns comentários que li recentemente, é possível chegar a mais algumas conclusões, óbvias para qualquer pessoa com bom senso.

A pergunta é, quem, afinal, o Paulista é? Como definir isso?

Por exemplo, a família Bueno, uma das mais tradicionais famílias quatrocentonas de São Paulo, de Anhanguera e Amador Bueno, ainda até hoje tem os seus descendentes por esta terra, inclusive este que vos escreve. Bom, eu tenho parentes (tão Buenos quanto eu) que não tem a menor ideia de sua ancestralidade de quase cinco séculos na América, tampouco tem ideia de que são de uma família tradicional.

Para esses, mesmo que o sangue bandeirante corra pelas veias, ele não vale absolutamente nada.

Há outros, todavia, que chegaram "ontem" em nossa terra, vindos de outras partes do Brasil ou do mundo. Eles sabiam dos valores comungados pela maioria da sociedade paulista, que valoriza o trabalho, a iniciativa, a responsabilidade, a dedicação e a justiça. Vieram pra cá por que aqui há tudo isso.

Milhares e milhares de pessoas escolheram adotar São Paulo como o seu lar e os nossos valores como os seus valores. Na cabeça de alguns, eles devem sair de São Paulo, sendo expulsos, apenas por não terem nascido aqui. Isso sim é xenofobia. Fato curioso é que esses que pedem a saída de certos grupos populacionais, são eles mesmos ex-migrantes estabelecidos em São Paulo em segunda ou terceira gerações.

De fato existem muitos problemas relacionados à migração, e eu mesmo já critiquei na imprensa quando me foi dada a oportunidade de denunciar esses problemas. Esse ano o nosso estado alcançou a marca de 43 milhões de habitantes, sendo, boa parte deles, migrantes de segunda ou primeira geração. Entre esses, certamente, há gente de toda a espécie. Ricos, classe média e pobres. Brancos, mestiços ou negros. Homens e mulheres. Gente correta, trabalhadora e gente desonesta.

O sonho de São Paulo como o paraíso de infinitas oportunidades é uma mentira. Superlotado e sem meios de atender corretamente todos os seus habitantes, nosso estado precisa certamente de algum controle migratório e demográfico. Boa parte do problema da estiagem e do racionamento de água que vivemos desde o ano passado está ligado à finitude dos recursos de São Paulo. Populações pobres se estabelecem em beiras de córregos, rios e represas, impedindo o seu uso para o bem de nossa população (a represa Billings em São Paulo é praticamente inutilizável graças ao despejo de esgoto residencial de moradores de beiras de córregos que desaguam nela, bem como de palafitas sobre a própria represa). 

Nosso dinheiro é levado pela arrecadação do Governo Federal, e sem esses recursos e sem meios de impedir que novas pessoas cheguem para se instalar em São Paulo, sem qualquer forma de subsistência, vemos proliferar por aqui o subdesenvolvimento e a miséria.

Normalmente são esquerdistas aqueles que costumam criticar os que se colocam, verdadeiramente preocupados, com o problema das populações migratórias ao redor do mundo e buscam uma solução real para essa questão. Com o ar de defesa humanitária dos menos favorecidos, a bem da verdade, é que estes não desejam ver uma coesão nacional, que só pode ser plenamente alcançável com uma estabilidade dos grupos humanos, obtendo assim a formatação de um povo. A esquerda é divisionista, pois quer ver a sociedade dividida e, em antagônico conflito. Brancos e negros, ricos e pobres, patrões e empregados, homens e mulheres. Por consequência, uma sociedade nacional estável, firme, bem sustentada (que só pode existir com uma estabilidade populacional - nem entrada e nem saída de grandes e significativos contingentes populacionais daquele território) não é um objetivo nem algo que as esquerdas defendam.

Entretanto, encontramos pessoas que não são necessariamente identificadas com a esquerda política (tampouco podem ser relacionadas com uma direita, de fato, consistente), que transitam naquele limbo mainstream da política de internet, que se colocam raivosamente contra o migração e imigração. A estes, resta em seus discursos não o ódio de classe social, nem mesmo de raça, mas puramente de origem. São pessoas que, via de regra, simplesmente não gostam de determinados grupos, como os nordestinos. A esses, sem dúvida, deve repousar a plenitude do termo xenófobo. É a aversão ao estrangeiro, ao diferente, pura e simples.

Como pode ser em outro texto em que tratei desse mesmo tema, não se pode querer retirar a naturalidade de alguém que nasce em determinado lugar. Nascido em São Paulo, paulista é pelo direito, mesmo que não partilhe dos valores e da cultura de nosso povo e civilização. Aqueles que por sua vez escolheram viver em São Paulo e desta terra fazer o seu lar, respeitando os nossos valores, nossa tradições e costumes e que aqui estão também tem o seu direito de serem chamados PAULISTAS.

Leia também: 
Uma falsa polêmica sobre o Ser Paulista
Separatistas querem nova moeda e São Paulo livre de Brasília

*O autor é presidente do MSPI


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