Ontem, 23 de Maio de 2014, completaram-se 82 anos da ação brava e heroica de jovens paulistas, em frente a Praça da República, lutando contra as forças getulistas, onde Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga tombaram pelo pavilhão das treze listras. Relembrai, São Paulo! Relembrai de 1932!
Frente Paulista é uma banda separatista Paulista.
Poema enviado pelo Facebook pelo camarada André Luiz Von Tein
Desperta Paulista, desperta paulistano, Tú que recebes a todos por igual Desrespeitado e humilhado, usurpado Deixa o imenso que te faz tanto mal. Se alimentam do teu suor e sangue, Te acreditam obrigado a isso, errado, Não os odiamos, nós temos pena, Não conhecem nosso poder sagrado. São Paulo, minha pátria, minha nação, Te juro amor eterno, minha alma, Mesmo sob ataque covarde, rasteiro, Com inteligência respondo, com calma. Mas não nos julguem covardes, isso não, A história comprova a coragem guerreira, Já provamos nosso talento para batalhas, Mesmo quando sofremos traição rasteira. Nosso valor é demonstrado no dia a dia, Carregamos um imenso peso, verdade, Mas lutamos com tal garra e tal amor, Que teremos de fato, nossa liberdade! JÚLIO BUENO
Não é de hoje que eu falo que há uma maneira muito simples de se ajudar o nosso povo a se libertar. Essa maneira é o estudo. Não, você não leu errado. Nós precisamos que cada vez mais a população paulista em geral, e, em especial, os militantes separatistas se tornem pessoas bem firmadas intelectualmente, capazes de compreender a realidade histórica e sociológica na qual estamos inseridos. Não adianta colocarmos a carroça no frente dos burros. É preciso ter uma forte rede de pessoas que pensam a realidade, que busquem entender aquilo que pode parecer oculto ou distante. São Paulo tem uma história que muitos não conhecem. Quantos já ouviram falar da velha proposta de se colocar a disciplina de história de São Paulo de nas escolas, mas quantos já leram o currículo disciplinar do estado, ou mesmo já leu algum livro específico de história de São Paulo? Qual é o seu nível cultural? Você se baseia apenas em vídeos curtos, apelativos, imagens chocantes ou busca ler a fundo e a compreender as informações que chegam aos borbotões todos os dias até nós? Até pra fazer imagens de divulgação no Facebook é preciso buscar prévios conhecimentos - bem embasados- aliás. Busquem ler, meus compatriotas. Estudem. Não se deixem levar pela preguiça, pela mídia barata ou pelas futilidades que podemos achar na internet. Procurem bons livros sobre a nossa história. Vou deixar aqui neste post algumas sugestões de leitura. Neste texto não espero nenhum tipo de "pito", mas apenas uma admoestação benéfica a todos. --------------------------- LIVROS RECOMENDADOS OS PAULISTAS - João de Scantimburgo FUNDAMENTOS DO SEPARATISMO - João Nascimento Franco A PÁTRIA PAULISTA - Alberto Sales. OS PRIMEIROS TRONCOS PAULISTAS - Alfredo Ellis Junior. A PROVÍNCIA DE SÃO PAULO - Joaquim Floriano de Godoy NA CAPITANIA DE SÃO VICENTE - Washington Luís. VIAGEM AO PAÍS DOS PAULISTAS - Ernani Silva Bruno. SÃO PAULO NOS PRIMEIROS ANOS - Affonso Taunnay BANDEIRANTES E PIONEIROS - Vianna Moog 1932: IMAGENS CONSTRUINDO A HISTÓRIA - Jeziel de Paula. CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 - Gal. FPESP. Euclydes Figueiredo. VIDA E MORTE DO BANDEIRANTE - Alcântara Machado. O PEQUENO EXÉRCITO PAULISTA - Dalmo de Abreu Dallari A GUERRA PAULISTA - Hélio Silva. ![]() 1 – Há quanto tempo você se dedica à militância separatista e ao estudo da causa? Recordo-me que quando eu tinha 13 anos lendo sobre a chamada “Revolução Constitucionalista” meu pai me disse que São Paulo poderia ter se tornado um país, creio que ele estava equivocado na forma que contou a história, pois afirmou que São Paulo, isto é, o povo e governantes queriam a independência na época. Hoje sabemos que não era bem assim e como hoje os políticos e parte do povo achava que algumas reformas seriam o suficiente e como hoje imaginar que a política econômica do PT ou os partidos de esquerda são os culpados da situação de “último mundo” que o Brasil se encontra, o que não é verdade, pois o que chamam de país sempre foi uma piada de péssimo gosto. 2 – O que te chamou a atenção e acabou a te levar por esse tema? Na verdade o que me chamou a atenção oi justamente perceber que a vontade de se separar ocorreu muitas vezes na história de São Paulo, mas o tema é pouco debatido. 3 – Você escreveu o último livro lançado em São Paulo sobre a questão do separatismo, depois de um vácuo de quase vinte anos. Como você procedeu na pesquisa para esse livro? O trabalho com as fontes relacionadas ao separatismo paulista é farto ou existe escassez de fontes sobre o tema? Ainda existe escassez de fontes, mesmo com a publicação de algumas obras. Eu analisei livros sobre o tema e posso dizer que aproveitei a chamada “história oral”, porém tomei o cuidado de não escrever sobre fatos que careciam de fontes. 4 – Nessas pesquisas sobre o separatismo, quais os momentos que você destaca como sendo os mais marcantes na história do separatismo paulista? Olha embora a década de 90 não seja lembrada creio que foi um momento muito importante, a queda do muro e o surgimento de movimentos separatistas no leste europeu, além da crise que o que chamam de Brasil vivia por grande parte por culpa da mídia e da elite “brasilóide” que colocou um aventureiro no poder, vindo de um partido fraco praticamente sem apoio e também sem jogo de cintura para costurar alianças deixou claro as fragilidades do país . Novamente os donos da mídia mandaram o povo para as ruas mentindo para o povo que o país tinha solução e foi neste momento que pessoas de caráter e com uma visão apontaram que a saída não estava em partidos políticos ou em nomes (infelizmente a cultura partidária não faz parte da maioria do povo que vota em nomes e não na bandeira defendida por partidos, mas no final de contas a maioria dos partidos nem tem ideologia mesmo), mas na separação, veja autonomia pode ajudar, porém o único caminho para São Paulo é se separar do seu algoz ou o Brasil se tornar uma confederação. Aponto então os anos 90 como o ressurgimento do separatismo paulista, mas 1932 foi sem duvida o momento de maior impacto, porém alguns políticos fizeram o possível para calar vozes como do nobre Alfredo Ellis Junior. 5 – Qual o papel histórico que os próceres do renascimento paulista, entre eles o principal de João Nascimento Franco, e de outros como Paulino Rolim de Moura, Clodoaldo Fontanetti, Diva Garcia Cimini, desempenharam em prol da causa? Foram de grande importância para manter o separatismo paulista vivo no que se diz respeito ao caráter cientifico da Causa , mas acredito que o maior legado seja que os jovens com o advento da internet possam beber da fonte desses vultos 6 – O que podemos dizer que tenha ocorrido em São Paulo e no Brasil na primeira metade dos anos 1990 que fez com não só separatismo paulista voltasse à baila da discussão, mas o separatismo do Sul e do nordeste? A mídia não pode mais ignorar que estava ocorrendo um novo (velho) movimento que apontava uma saída viável para as questões para o que chamam de Brasil e como disse Mario de Andrade o separatismo existe em todas as regiões do Brasil ao contrário do que afirmam alguns o separatismo no Nordeste é algo real. 7 – Quais os principais motivos que você coloca para se defender o separatismo Paulista? São muitos, mas posso destacar econômicos , políticos e culturais. 8 – A separação será boa não só para os Paulistas, mas também para os brasileiros? O que eles ganharão com a secessão? A política econômica não pode ser uma só para todas as regiões, imagine regiões mais pobres podendo desvalorizar a moeda. Acredito que o sonho de desenvolver alguns estados que foram ajudados no Império e na Republica sem sucesso com a separação esses mesmos estados vão conhecer um período mais prospero, Wanderley já afirmou tal coisa na década de 30 do século passado. 9 – O separatismo pode ser acusado de ser uma ideologia de direita? Isso é mal em si? O que os trabalhadores Paulistas ganham permanecendo amarrados ao sistema brasileiro? Durante minha pesquisa percebi que a maioria que apoia o separatismo é de direita, contudo não posso afirmar que seja um movimento de direita. Os trabalhadores paulistas só perdem com a união, pois se torna fácil “importar” mão de obra de outras regiões. 10 – Quais os desafios para atrairmos mais pessoas para a causa separatista? Por que hoje muitos se mostram apáticos pelo tema? Primeiro debatendo o separatismo, mas também divulgando não apenas na internet. Mostram-se apáticos, pois o individualismo é geral no mundo contemporâneo e também por culpa das lideranças (também sou culpado) por não conseguir organizar o movimento, precisamos de lideranças e de um movimento organizado, pois o povo não vai confiar em um grupo de amigos da internet. Cássio Forciganó é graduado em História e em Filosofia. Diretor do MSPI.
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