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Uma crítica ao separatismo contemporâneo

29/5/2015

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VINICIUS HENRIQUE SIMÕES


Ao longo do tempo, a maneira como o homem foi interpretando, contando e escrevendo a história foi mudando. Na Grécia tivemos Heródoto, conhecido como o pai da história, ali a história era interpretada de forma cíclica (tese de Políbio), ou seja, temos um final e um novo recomeço. Na Idade Média tivemos a leitura cristã de história linear, o começo da história, na criação de Deus, o meio, com nascimento de Cristo e o fim será com a volta do messias. No século XX em resposta a escola positivista, tivemos a Escola dos Annales, que revolucionou a historiografia. Burke a define como ”a revolução francesa da historiografia”.

Esse movimento dos Annales pode ser dividido em três fases:

De 1920 a 1945

De 1945 a 1968

De 1968 aos nossos dias.


Na segunda geração, influenciados pelos marxistas, a Escola dos Annales priorizou a história econômica, também chamada história quantitativa. Olhava e explicava a história somente com estatísticas e gráficos, o que gerou uma grande crítica dos historiadores posteriores, pois se esquece dos fatores culturais e sociais que compõem a história de um povo. Carlo Ginzburg criticava a predominância da história econômica e se dizia que era “desprovida de carne e osso”.

Fragozo ressalta um dos equívocos da história econômica:

“A partir de tal técnica, por exemplo, Giovanni Levi (1989;97-138) pode demonstrar que os preços em Santena, no século XVII, reproduzidos pelos cartórios da região, não eram determinados pela oferta e procura, e sim pela natureza das relações sociais entre vendedores e compradores fora do mercado”.

O leitor pode estar se perguntando, o que isso tem haver com separatismo? Simples, os movimentos separatistas, principalmente no Brasil, quando fundamentam seus motivos pela independência, cometem o mesmo equívoco da Escola dos Annales, ou seja, fazem uma leitura histórica puramente econômica, esquecendo fatores  culturais e sociais.

Quando falamos do separatismo em São Paulo, por exemplo, quais fatores que nos levam a independência? Nossos impostos não voltam de Brasília, lhe dirá algum separatista, sim, motivo muito nobre, mas não forte o suficiente.

Scantimburgo fala que: “Historicamente, há uma civilização e uma cultura paulistas, notadamente, uma civilização paulista”.

Scantimburgo vai além, ele fala de um “Espírito Paulista” que é formado pela vinda dos bandeirantes e Jesuítas, os bandeirantes com seu empreendedorismo, coragem, altivez, e os Jesuítas trazendo a fé católica e a cultura dos estudos, então temos a consciente de ter se formado uma civilização paulista, estruturada em valores que são estranhos aos brasileiros.

Em 1932, Getulio Vargas já havia convocado constituinte para 1933, mas o povo Paulista que estava com sua honra maculada, se levantou em armas pela autonomia do nosso povo.

Isso para mostrar que motivos muito além do econômico movimentaram São Paulo e os separatistas.

Podemos concluir que as bases do separatismo são econômicas sim, mas não somente, bem como, sociais e culturais. Demos dois exemplos claros, a empreitada jesuíta, não  visava dinheiro, mas sim a evangelização da nova terra, assim como as bandeiras, levar a Fé cristã, explorar a nova terra e levar a civilização. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE APOIO

BURKE, Peter. A Escola dos Annales, a Revolução Francesa da Historiografia.

PARA, Fernando João. Para que serve a história econômica?

SCANTIMBURGO, João de. Os Paulistas.

*O autor é professor de História e associado do MSPI


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Fracassa o programa espacial brasileiro: quem paga é o contribuinte paulista

29/5/2015

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CARLOS ALBERTO RODRIGUES JÚNIOR

A região do Vale do Paraíba sempre se orgulhou por ter sido o berço da indústria aeroespacial nacional. Nesta região está localizado todo um complexo destinado à pesquisa e produção de equipamentos para o chamado Programa espacial brasileiro, além da Embraer, um dos poucos motivos de orgulho da indústria nacional.

Décadas após a sua criação, todo o trabalho que tem sido desenvolvido a duras penas devido à falta de investimentos substanciais por parte do governo federal brasileiro está seriamente ameaçado.

A notícia abaixo é a prova cabal de que o Brasil jamais deixará de ser uma republiqueta de quinta categoria, medíocre, atrasada, cuja economia se baseia meramente em exportar commodities. São raros os casos de empresas brasileiras que conseguem competir no mercado internacional vendendo produtos com algum valor agregado.

O programa espacial brasileiro foi criado mais ou menos na mesma época que os programas espaciais de países como China e Índia. Nesta mesma época, países como Coréia do Sul possuíam um grau de desenvolvimento semelhante ao nosso.

Tempos depois, os chineses conseguiram enviar missões tripuladas ao espaço, Índia lança artefatos para Marte, a Coréia do Sul se tornou uma nação altamente desenvolvida, e o Brasil permanece como o eterno país do futuro. Até mesmo o Irã, nação que sofre grandes embargos internacionais, consegue colocar seus próprios satélites em órbita. E o Brasil ali, deitado eternamente em berço esplêndido.

Voltando ao assunto " programa espacial", o Brasil sequer conseguiu desenvolver seu foguete lançado de satélites. Pelo contrário, colecionou sucessivos fracassos nesta área. Em 2003, uma explosão na Base de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, onde seria lançado o foguete VLS, que se encontra há décadas em desenvolvimento, causou a morte de dezenas de cientistas e técnicos que ali trabalhavam.

Na época, o então presidente Lula jurou que aquelas mortes não seriam em vão, e que não pouparia esforços para que o nosso foguete lançador de satélites fosse construído e lançado. E doze após o acidente, a notícia que surge sobre nosso programa espacial é esta.

De fato, a única coisa que o governo federal brasileiro consegue mandar ao espaço é o dinheiro do contribuinte.

Basta de Brasil! Independência par São Paulo já!

*Adepto do MSPI


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Nem impeachment, nem intervenção. A solução é a separação!

27/5/2015

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VINICIUS HENRIQUE SIMÕES

Nos jornais, revistas e TV, escutamos muito dizer que estamos vivendo uma crise institucional, ou seja, não existe confiabilidade do povo nas instituições do estado brasileiro, principalmente os três poderes que estão servindo ao  projeto de poder de um partido. Podemos então nos perguntar, será que a crise no estado brasileiro é culpa de um partido? Historicamente vemos que a resposta é Não.

Em 1808  Dom João VI chega ao Brasil com toda a corte Portuguesa. Ainda na condição de colônia o Brasil começa a ter suas instituições estatais. Em 1821 D. João volta para Portugal, deixando os cofres públicos vazios. Em 1822 temos a separação do Brasil de Portugal, formando um país independente. Começa  o estado brasileiro, em sua primeira fase em regime monárquico, em 1831 , a primeira crise institucional  leva D. Pedro I a renunciar o trono. Em 1889 temos uma crise de maiores proporções, a crise da monarquia, que leva a um golpe de estado e é proclamada a república. Em 1930 descontente com o resultado das eleições, novo golpe, Getúlio assume o poder, em 1954, pela segunda vez no poder, ele comete suicídio gerando nova crise. 1964 a beira de um golpe comunista  os militares atendem aos clamores populares e assumem o poder, o Brasil não tem estabilidade democrática.

Agora,estamos em 2015, já ocorreu a redemocratização , os civis voltaram ao poder, mas vivemos uma nova crise institucional, pesquisas de diversos órgãos da imprensa mostram um descrédito enorme nas instituições do estado, e principalmente nos três poderes, podemos ver alem disso,uma crise na democracia brasileira,onde se vive uma  falta de representatividade, os anseios do povo não são defendidos por aqueles a  quem deveriam ser seus representantes, esta nova crise tem seu germe em 1990 com a criação do Foro de Sâo Paulo,organização da esquerda latino americana encabeçada por Fidel Castro e Luis Inacio Lula Da Silva, o objetivo do foro é a integração das republicas latino americanas para conseguirem a vitória da esquerda , e a formação de um bloco comunista bolivariano, no Brasil, este projeto foi  feito de forma a instrumentalizar as instituições e os poderes para servirem a lógica esquerdista, escândalos como mensalão e petrolão para financiar este projeto,e a escolha de ministros do supremo que funcionam como agentes revolucionários ,fazendo uma leitura marxista da constituição e mudando o conceito de família,casamento ,defesa da vida,isonomia entre os cidadãos, entre outros.

Uma grande parte do povo “acordou” para esta realidade, e buscaram soluções. A sociedade civil se organizou em dois grandes blocos políticos, os que buscam o impeachment da presidente Dilma e os que pedem intervenção militar. No primeiro caso, como sabemos, os três poderes estão aparelhados pelo PT e o foro de São Paulo. Impeachment nunca será aprovado. Intervenção militar, o ministro da defesa, junto com os generais de alta patente, já demonstraram submissão a Dilma, então, o que podemos fazer? Qual a solução sem alimentar falsas esperanças? Mesmo que as opções fossem possíveis vemos que na história já tivemos inúmeros golpes e crises do estado, em que se deram soluções paliativas mas que não  solucionaram a crise, será que temos que continuar com o doente em estado terminal  e deixar os aparelhos ligados? Não seria hora de uma eutanásia? 

A crise não é só das instituições do Brasil, os três poderes que servem a interesses políticos e são desacreditados pelo povo, a crise é do estado brasileiro, do Brasil enquanto pais, devido a diversos fatores, explicados historicamente. O  estado brasileiro é movido pela corrupção, por troca de favores, a máquina pública serve de cabide de empregos para apadrinhados políticos que não querem trabalhar. Qual a solução ?

O desmembramento  do Brasil, sim, está é a solução. A busca por autonomia dos estados, começando por São Paulo, podemos dizer que a separação é um clamor abafado, mas que responde as expectativas de nosso povo, nem impeachment ,nem intervenção,separação é a solução.   


* O autor é professor de História e membro do MSPI       


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As lições de Nicola Sturgeon. E uma pequena aula de como fazer política.

17/5/2015

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Acima: Nicola Sturgeon encara David Cameron - o leão escocês vai rugir.

Para quem pretende ser separatista, uma leitura obrigatória. Traduzo as principais partes:

1) O Partido Nacionalista Escocês (SNP) ganhou 56 das 59 cadeiras escocesas no parlamento inglês. Tinha vencido apenas 6 em 2010. Nem os mais otimistas líderes do partido esperavam um resultado tão bom. Os Partidos Trabalhista e Liberal-Democrata foram praticamente erradicados acima da Muralha de Adriano. Contam com apenas um cadeira cada. A outra é dos Tories. Passaram de 400 mil votos para 1,4 milhão de votos.

2) O SNP SOUBE JOGAR O JOGO QUE O GOVERNO CENTRAL IMPÔS. E isso é importantíssimo. Tiveram pouco mais da metade dos votos totais da Escócia. Levaram 95% das cadeiras. Tiveram cerca de um terço de votos do UKIP (1,4 milhão a 3,8 milhões). Elegeram 55 parlamentares a mais (56 do SNP a 1 do UKIP). Com os resultados obtidos, o SNP será a terceira maior bancada do parlamento... INGLÊS.

3) O SNP substituiu o Partido Trabalhista no controle eleitoral, político e cultural do território escocês. Além disso, há a oposição ideológica aos Tories. O SNP é majoritariamente de centro-esquerda. E o governo de Londres, sob o comando Conservador, é de centro-direita. Westminster diz economize, corte gastos e saia da União Européia. Edimburgo diz gaste mais, acabe com a austeridade e queremos Europa. Um barril de pólvora nas mãos de David Cameron.

4) Os parlamentares escoceses lutarão por maiores pensões, impostos, benefícios sociais e o fim das bases de submarinos nucleares ao norte da fronteira. Tudo que um governo de direita, como o de Cameron, não precisa. Além do mais, são um bloco obediente e coeso: não há nenhum rebelde disposto a confrontar a liderança de Sturgeon. E estarão dentro da casa do inimigo, não gritando lá da fronteira.

5) Apesar da retórica eleitoral de suposta união, isso é a última coisa que o SNP procurará. Toda e qualquer iniciativa do governo de Londres servirá para criar atrito entre ingleses e escoceses. Por exemplo, o SNP rejeitará a ideia de não votar em questões que não atingem os escoceses. O sistema de saúde inglês é um deles. E aí está a questão. Nos governos Trabalhistas de Tony Blair, o controle do sistema de saúde escocês foi devolvido aos escoceses, sem nenhuma interferência inglesa. O mesmo não acontece ao sul da fronteira. Simplificando: os escoceses podem se meter em todos os assuntos ingleses. Os ingleses não podem se meter em boa parte dos assuntos escoceses. É a estratégia da visita incômoda: encher tanto o saco do seu anfitrião até ser expulso. Ao invés dos escoceses liberarem a Escócia, a ideia e irritar os ingleses a ponto da Escócia ser expulsa do Reino Unido. Independentemente de qualquer referendo.

6) Haverá outro referendo de independência na Escócia? Improvável num futuro próximo. Madame Sturgeon é tudo, menos novata no ramo. Os nacionalistas escoceses perderam por 10 pontos no referendo de independência. E, apesar a maciça vitória, o SNP ganhou 'apenas' metade dos votos na Escócia. Referendo novamente apenas quando pelo menos dois terços dos escoceses apoiarem a ideia. Para isso, desgastar a situação com a metrópole londrina é fundamental. O resultado do SNP não é (ainda) um clamor pela liberdade. É muito mais um grito de rebeldia contra os partidos políticos britânicos.

7) Chances de ruptura aumentam em caso de referendo geral sobre a saída da UE. Caso os ingleses votem por sair (tendência atual). E os escoceses para ficar (também a tendência atual). Para conter a ânsia nacionalista e não perder os dedos escoceses, Cameron talvez tenha que entregar alguns anéis para Sturgeon. Como a autonomia total nas questões fiscais. É um jogo que os escoceses só tem a ganhar. E os ingleses a perder. Servirá também para injetar um pouco de responsabilidade fiscal no SNP majoritariamente de esquerda. E ver se realmente a Escócia tem condições de seguir sozinha pelas próprias pernas. Um duro trabalho para a coalizão de nacionalistas, ambientalistas, sociais democratas e socialistas que é o SNP.

8) Inglaterra e Escócia nunca pareceram países tão distintos. Enquanto o primeiro elegeu um governo que corta gastos, preza pela austeridade e é eurocético, o segundo quer o exato oposto: fim dos cortes, fim da austeridade e mais Europa.

Fica a lição para nós aqui de São Paulo. Pleito sério pela liberdade paulista chegará quando tivermos todos os deputados da Alesp, o governador, os 3 senadores e pelo menos 95% da nossa representação em Brasília favorável e ABERTAMENTE separatistas. Até lá, é sonhar e trabalhar conscientizando a todos, sem pressa e sem estresse, como aqueles que querem tudo para amanhã.

O resto, é mimimi de enganador. Ou 'foguista', que não entende nada de política ou de estratégia militar e quer brincar de Revolução Constitucionalista.

Por Luiz Giaconi (Coordenador de Comunicação do MSPI)

Fonte:

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3074139/If-looks-kill-Cameron-faces-deadliest-enemies-Nicola-Sturgeon-yellow-peril-north-border.html


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Uma Falsa polêmica sobre o Ser Paulista

6/5/2015

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JÚLIO BUENO

Algumas poucas pessoas tem falado que é inadequado dizer que Paulista é aquele que, em São Paulo, ama, trabalha e respeita essa terra, inserindo-se culturalmente e socialmente em nossa sociedade. Essas pessoas que reclamam dessa afirmação, dizem que assim estão negadas as diferenças culturais entre os Paulistas e os habitantes de outros estados e que isso nada mais seria do que uma reles bajulação dos separatistas, atendendo aos ditames politicamente corretos.


A bem da verdade, esse tipo de afirmação costuma partir não de quem busque entender e defender a causa com argumentos racionais e válidos, mas apenas com histerismos, chavões, agressividade e nítida demonstração de falta de controle emocional. Tais pessoas, mesmo que bem intencionadas, acabam por prejudicar nossa Causa, no momento em que assim se comportando fornecem munição aos nossos detratores.

Não se pode querer subtrair a condição de natural de São Paulo daquele que aqui é nascido. Esse é um direito inalienável, que mesmo em casos extremos previsto outrora em lei, como o banimento ou a extradição, não alteravam tal status. Para além disso devemos dizer que mesmo que um gentílico ou naturalidade lhe fosse retirada por força do Estado, a cultura não poderia ser plenamente tirada ou mesmo abandonada.

Imaginem um caso: uma criança, filha de pais estrangeiros que, durante uma rápida estadia de trabalho deles, de um ano em São Paulo, aqui nasce e por direito torna-se portadora da cidadania de seu local de nascimento (Paulista) sai logo em seguida de sua terra mater retornando à terra de seus pais (hipoteticamente falando, os Estados Unidos) e lá adquirindo aquela cultura, aqueles valores e costumes, aquela língua, ainda assim será, perante a lei, uma paulista, mesmo que não guarde nenhuma espécie de relação ou vínculo com nosso povo ou nossa cultura. Tal criança jamais irá perder a sua naturalidade, ou seja, segundo a lei e o bom senso, será sempre Paulista, mas, segundo esses separatistas exaltados, tal criança não poderia ser americana, mesmo que de pais americanos e estando plenamente integrada àquela cultura e nem mesmo Paulista, por que ela não está inserida na nossa cultura.

Dados apresentados pelo historiador Jeziel de Paula, em seu livro sobre a Revolução de 1932, já mostravam que havia um grande número de não nascidos em São Paulo que por nossa terra lutaram naqueles combates. Eles perdem o seu valor por não terem sido paridos na Terra Bandeirante? E os Paulistas que apoiavam os tenentes e a Getúlio Vargas, mesmo depois de ter eclodido a guerra civil, perdem sua naturalidade Paulista?

Ninguém mais do que os separatistas Paulistas tem defendido as diferenças culturais de São Paulo em relação ao Brasil. A história mostra como chegamos a um ponto onde há uma clara diferenciação cultural, mesmo que tenha havido um gene inicial comum entre a cultura presente hoje no território Paulista e aquela que pode ser observada em outras regiões da América Portuguesa. Estados como Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, são filhos da civilização irradiada de São Paulo no período colonial. Um filho não é o mesmo que o pai, mesmo que ele guarde uma série de semelhanças e afinidades. Os filhos também, saem da casa de seus progenitores quando é chegada a idade adulta. Não que o pai da questão (São Paulo), esteja expulsando-os de casa, mas apenas dizendo que agora é hora deles andarem definitivamente com as suas próprias pernas.

As diferenças culturais, de valores e práticas entre São Paulo e o Brasil são intransponíveis. Em São Paulo, por suas próprias condições históricas, acabou formando em seu povo, uma ética de empreendedorismo, atividade, ação, respeito a lei, responsabilidade e luta contra a tirania. O Brasil, por seu tempo, é terra da passividade, mandonismo e cega obediência, desmando, fraqueza e aceitação frente ao autoritarismo, sem falar da falta de responsabilidade individual. Há, portanto, um nítido jugo desigual entre os Paulistas e os habitantes do Brasil.

Porém, muitas pessoas, de várias partes do mundo, escolheram fazer de São Paulo a sua morada. Enxergaram aqui um solo fértil para quem queria vencer, produzir, gerar riqueza, viver com liberdade e cuidar com dignidade de sua família. Essas pessoas não nasceram Paulistas, mas escolheram ser Paulistas. A elas deve ser dado o louvor por isso. Eu se não fosse Paulista nato também gostaria de me tornar um filho adoptivo desta terra.

Todavia, quem conhece a nossa realidade sabe muito bem que existem um número muito relevante de pessoas não nascidas aqui e que veem em São Paulo apenas um local para ser predatoriamente explorado. A estes, mesmo que morem em São Paulo por toda a sua vida, não se constituirão em filhos, mesmo que adoptivos de nosso solo. Eles renegam a família que os acolheram. São os filhos da rebeldia, construída com muita inveja sobre aqueles que aqui conseguiram vencer honestamente e mostram diariamente que tem amor por Piratininga.

Faça-se o registro também, quantos Paulistas natos que desprezam essa terra, não andando conforme os bons valores que nos pautam, envergonhando-nos. Deles será tirado o direito de Ser Paulista? Jamais. Isto não é ser politicamente correto, mas ser coerente com a justiça.

*Presidente do MSPI


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