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Ainda sobre a Carta CaPTal

21/6/2015

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LUIZ EDUARDO GIACONI

Como responsável pela comunicação do MSPI, me perguntaram se não falaríamos sobre esse novo ataque da Carta CaPTal a SP e aos paulistas em geral. Creio já termos dado atenção suficiente a essa revistinha, que sobrevive apenas graças aos recursos publicitários do governo federal, quando respondemos o artigo do Matheus Pichonelli. Mais gasolina na fogueira só presta para eles. Moderação em público faz bem em certos momentos.

Ainda mais por boa parte do assunto do texto ser novelas. Tema que eu desprezo tanto quanto 'esquerdismo', 'axé', 'funk' ou 'Boticário'. Para nossa sorte, parece que boa parte dos paulistas felizmente vai seguindo o mesmo caminho, e dando traço à Vênus Platinada carioca. Há salvação.

Me aterei as três figuras políticas citadas no texto: José Maria Marin, Roberto Freire e Roberto Jefferson.

O autor, do alto da sua imbecilidade, afirma que Marin seria aplaudido nos restaurantes paulistas, os mesmo que vaiaram Lula. Ledo engano. José Maria Marin não vence uma eleição no voto popular desde 1974, quando foi eleito deputado estadual. Em 1978, foi eleito indiretamente vice-governador. O eleitorado paulista teve pouquíssima interferência. Aliás, se as eleições fossem diretas naquele ano, fatalmente a chapa Maluf-Marin perderia para algum candidato do MDB, dadas as vitórias que SP deu à oposição aos militares em 1974, elegendo Orestes Quércia ao Senado, Franco Montoro ao Senado em 1978, e em 1982, com Montoro governador e Severo Gomes senador.

Ou seja, passado o Milagre Econômico do início dos anos 70, com as seguidas cagadas econômicas dos militares pós-Médici, as notícias de violações de direitos humanos e liberdades civis por parte do governo federal, e as perseguições políticas que dois importantes líderes políticos de SP sofreram (Jânio e Adhemar), os paulistas logo se rebelaram e passaram a votar maciçamente na oposição (MDB). Como nos dias atuais votamos no PSDB. Como em 2002, demos a vitória a Lula, após um segundo mandato desastroso de FHC (ok, essa aí foi uma cagada...). Afinal, eleitorado bovino não é o de SP. Nem é uma questão de ideologia também. Somos orgulhosamente teimosos mesmo.

Voltando a Marin. Após assumir o governo de São Paulo, quando Maluf se afastou para concorrer ao Congresso Nacional em 1982, o Zé das Medalhas tentou ser deputado, senador e prefeito de SP. Em todas essas disputas, obteve resultados pífios, para dizer o mínimo. Encostou-se na Federação Paulista e de lá a sorte sorriu, com a queda de Ricardo Teixeira. Seria vaiado ou aplaudido num restaurante paulista? Duvido muito que fosse reconhecido pré-2012. Ovacionado então, jamais. Se nem no auge foi, imagine agora. Guardamos isso para pessoas maiores. Como o Brigadeiro José Vicente Faria Lima, por exemplo. Agora ser vaiado, talvez até fosse. Mas a indignação com ele certamente é menor do que contra os petistas. Afinal, é difícil comparar uma medalha roubada a um mensalão, um petrolão e escândalos similares...

Não consigo entender o ódio contra o pernambucano Roberto Freire, um homem assumidamente de esquerda, por parte da esquerda brasileira. Pelo que sei, não pesa nenhuma denúncia grave contra ele. Apenas não rezar na cartilha do stalinismo petista já torna uma pessoa inimiga. De qualquer maneira, foi e será bem recebido aqui em São Paulo. Para desespero daqueles que nos acusam de xenófobos.

Por sinal, também receberemos bem o carioca Roberto Jefferson. Durante toda sua vida, um bravo. Líder da tropa de choque do governo Collor nos piores momentos das CPIs comandadas pelos pittbulls petistas José Dirceu e José Genoíno, então arautos da ética na política. Teve a hombridade de não abandonar o barco, mesmo nos piores momentos. Foi um dos fiadores do PT light. E, ao se ver jogado às feras pelo petismo com alma de escorpião, revelou que o rei estava nu. Sem Roberto Jefferson, jamais saberíamos do mensalão. Sem ele, o PT ainda seria esse ente ético, acima do bem e do mal, dono da verdade e puro. Imaginem o caos que seria. Roberto Jefferson errou e cometeu malfeitos sim. Mas é um herói. Um herói imperfeito. Sem ele, teríamos José Dirceu em segundo mandato. Será muito bem recebido aqui em SP. E terá o meu voto em 2018.

Para finalizar, respondendo ao título do autor da Carta CaPTal: São Paulo fica no Brasil sim. Por enquanto. E que esse estrume chamado Carta CaPTal sirva para adubar a causa paulista.


* O autor é coordenador de comunicação do MSPI

Link do segundo texto da Carta CaPTal referente aos paulistas em menos de dois dias:

http://www.cartacapital.com.br/revista/854/sao-paulo-fica-no-brasil-768.html


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Ainda sobre Ser Paulista

12/6/2015

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JULIO BUENO

Ainda sobre o sentimento de Ser Paulista, diante de alguns comentários que li recentemente, é possível chegar a mais algumas conclusões, óbvias para qualquer pessoa com bom senso.

A pergunta é, quem, afinal, o Paulista é? Como definir isso?

Por exemplo, a família Bueno, uma das mais tradicionais famílias quatrocentonas de São Paulo, de Anhanguera e Amador Bueno, ainda até hoje tem os seus descendentes por esta terra, inclusive este que vos escreve. Bom, eu tenho parentes (tão Buenos quanto eu) que não tem a menor ideia de sua ancestralidade de quase cinco séculos na América, tampouco tem ideia de que são de uma família tradicional.

Para esses, mesmo que o sangue bandeirante corra pelas veias, ele não vale absolutamente nada.

Há outros, todavia, que chegaram "ontem" em nossa terra, vindos de outras partes do Brasil ou do mundo. Eles sabiam dos valores comungados pela maioria da sociedade paulista, que valoriza o trabalho, a iniciativa, a responsabilidade, a dedicação e a justiça. Vieram pra cá por que aqui há tudo isso.

Milhares e milhares de pessoas escolheram adotar São Paulo como o seu lar e os nossos valores como os seus valores. Na cabeça de alguns, eles devem sair de São Paulo, sendo expulsos, apenas por não terem nascido aqui. Isso sim é xenofobia. Fato curioso é que esses que pedem a saída de certos grupos populacionais, são eles mesmos ex-migrantes estabelecidos em São Paulo em segunda ou terceira gerações.

De fato existem muitos problemas relacionados à migração, e eu mesmo já critiquei na imprensa quando me foi dada a oportunidade de denunciar esses problemas. Esse ano o nosso estado alcançou a marca de 43 milhões de habitantes, sendo, boa parte deles, migrantes de segunda ou primeira geração. Entre esses, certamente, há gente de toda a espécie. Ricos, classe média e pobres. Brancos, mestiços ou negros. Homens e mulheres. Gente correta, trabalhadora e gente desonesta.

O sonho de São Paulo como o paraíso de infinitas oportunidades é uma mentira. Superlotado e sem meios de atender corretamente todos os seus habitantes, nosso estado precisa certamente de algum controle migratório e demográfico. Boa parte do problema da estiagem e do racionamento de água que vivemos desde o ano passado está ligado à finitude dos recursos de São Paulo. Populações pobres se estabelecem em beiras de córregos, rios e represas, impedindo o seu uso para o bem de nossa população (a represa Billings em São Paulo é praticamente inutilizável graças ao despejo de esgoto residencial de moradores de beiras de córregos que desaguam nela, bem como de palafitas sobre a própria represa). 

Nosso dinheiro é levado pela arrecadação do Governo Federal, e sem esses recursos e sem meios de impedir que novas pessoas cheguem para se instalar em São Paulo, sem qualquer forma de subsistência, vemos proliferar por aqui o subdesenvolvimento e a miséria.

Normalmente são esquerdistas aqueles que costumam criticar os que se colocam, verdadeiramente preocupados, com o problema das populações migratórias ao redor do mundo e buscam uma solução real para essa questão. Com o ar de defesa humanitária dos menos favorecidos, a bem da verdade, é que estes não desejam ver uma coesão nacional, que só pode ser plenamente alcançável com uma estabilidade dos grupos humanos, obtendo assim a formatação de um povo. A esquerda é divisionista, pois quer ver a sociedade dividida e, em antagônico conflito. Brancos e negros, ricos e pobres, patrões e empregados, homens e mulheres. Por consequência, uma sociedade nacional estável, firme, bem sustentada (que só pode existir com uma estabilidade populacional - nem entrada e nem saída de grandes e significativos contingentes populacionais daquele território) não é um objetivo nem algo que as esquerdas defendam.

Entretanto, encontramos pessoas que não são necessariamente identificadas com a esquerda política (tampouco podem ser relacionadas com uma direita, de fato, consistente), que transitam naquele limbo mainstream da política de internet, que se colocam raivosamente contra o migração e imigração. A estes, resta em seus discursos não o ódio de classe social, nem mesmo de raça, mas puramente de origem. São pessoas que, via de regra, simplesmente não gostam de determinados grupos, como os nordestinos. A esses, sem dúvida, deve repousar a plenitude do termo xenófobo. É a aversão ao estrangeiro, ao diferente, pura e simples.

Como pode ser em outro texto em que tratei desse mesmo tema, não se pode querer retirar a naturalidade de alguém que nasce em determinado lugar. Nascido em São Paulo, paulista é pelo direito, mesmo que não partilhe dos valores e da cultura de nosso povo e civilização. Aqueles que por sua vez escolheram viver em São Paulo e desta terra fazer o seu lar, respeitando os nossos valores, nossa tradições e costumes e que aqui estão também tem o seu direito de serem chamados PAULISTAS.

Leia também: 
Uma falsa polêmica sobre o Ser Paulista
Separatistas querem nova moeda e São Paulo livre de Brasília

*O autor é presidente do MSPI


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O separatismo, a política e os partidos

2/6/2015

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JÚLIO BUENO

Mais de uma década de domínio do Partido dos Trabalhadores a frente do Governo Federal, claramente, ajudou a mostrar a cisão que existe no Brasil. Divisão regional, de classe, de sexo, de raça, de ideologia. Sem dúvida este é um país com mais ódio de classe (pobres contra ricos e classe média - as "elites"). Ódio entre homens e mulheres (aumento do feminismo radical, anti-civilização, matriarcalista, tribalista). Ressentimento e inveja cada vez maior de negros sobre brancos, promovida pelas ações afirmativas e pelo racismo inverso institucional do Governo Federal e de grupos de pressão a ele ligados. Por fim, o acirramento das disputas ideológicas, entre a direita conservadora-liberal com as esquerdas, atualmente no poder.

As disputas regionais também cresceram, em muito pela discordância da população dos estados mais desenvolvidos em relação ao atual estágio em que se encontram os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, amplamente usado no norte e nordeste, rincões de atraso social e coronelismo, que se transformaram numa maneira institucionalizada, generalizada e indireta de se comprar votos e manter cativo o eleitorado. Quem paga essa conta das bolsas é o contribuinte dos estados produtores.

Diante disso temos notado o crescimento do desconforto da população de alguns estados (em especial de São Paulo) com esse estado de coisas, o que vem ocasionando uma busca sempre constante por entender essa situação-problema e por achar um meio que se mostre ser a solução definitiva e final desse estado de coisas. 

A saída que muitos vem encontrando é a defesa da independência de São Paulo. A reeleição da presidente Dilma Rousseff deu uma clara demonstração disso, quando várias figuras públicas declararam o seu apoio à tese da separação, mesmo que depois tenham também, estrategicamente, amainado o seu discurso (vide Coronel Telhada e Romeu Tuma Júnior).

E, diante dessa chegada de novas pessoas que pretendem se integrar de alguma maneira na causa, uma questão sempre é recorrente, e tem sido por nós respondida. Para tentar deixar ainda mais clara essa situação, pretendemos mostrar qual deve ser a ligação da Causa Paulista com os partidos políticos e com os políticos em geral.

O quarto ponto da Carta de Princípios do MSPI diz o seguinte: "Somos um movimento estritamente extra partidário. Pessoas de diversos agrupamentos políticos e partidários serão bem vindas a participarem desse Movimento, desde que comunguem com os nossos princípios e normas básicas. O MSPI deve servir somente aos mais altos interesses do POVO DE SÃO PAULO!"

Aqui referendamos integralmente o posicionamento que está contido nesse documento. Ao movimento serão sempre bem vindos, todos aqueles que querem ajudar a causa de alguma forma, independente de sua visão político-ideológica e, mais ainda, independente de que partido seja filiado.

Visivelmente, é um algo notório, que a extensa maioria dos adeptos da ideia de secessão de São Paulo situam-se no campo ideológico da direita, em seus mais variados matizes. A existência de separatistas de esquerda não é algo sem propósito e, certamente, nós temos muito o que aprender com a esquerda, em relação à organização política, de militância e de engenharia social. Todavia, pensamos que a presença de pessoas que são de esquerda poderia gerar alguns desentendimentos individuais entre adeptos da causa, o que precisa ser superado em nome da nossa luta em defesa de São Paulo. 

Um importante separatista, já falecido, o poeta Paulino Rolim de Moura, era separatista e marxista-leninista. Todos aqueles que o conheceram e acompanharam a sua luta são firmes em reconhecer o verdadeiro entusiasmo e a verdadeira luta desta pessoa em defesa de São Paulo.

No fim dos anos 1940 no seio do Partido Comunista Brasileiro, em São Paulo, haviam muitos adeptos da nossa autonomia. Lamentavelmente parece que a "nova esquerda" contemporânea não consegue enxergar em nossa luta mais do que um levante de "racistas e xenófobos da elite paulista" (mais uma visão fortemente ampliada durante os anos de governo do PT).

Faço aqui questão de deixar claro: assim como o perfil dos adeptos de nosso Movimento, eu também, ideologicamente, me situo na direita: tradicionalista, nacionalista, patriótica, defensora de valores morais e anti-materialista.

Esquerda a parte, concentremo-nos agora em compreender o papel da política, dos políticos e dos partidos em relação à Causa Paulista.

Não existe movimento político na história moderna que não tenha tido previamente acumulado uma série de circunstâncias básicas, capazes de gerar uma indignação e revolta permanente entre um determinado grupamento humano. Entretanto, mais importante do que isso é a formação da minoria capaz de conduzir os anseios dessa massa revoltosa. Vemos exemplos assim em toda a história, na Revolução Gloriosa, na Revolução Francesa, na Revolução Americana, na Revolução Russa, na ascensão do nazifascismo no início do século passado e até mesmo na Revolução Constitucionalista de 1932 (nesse caso a elite dirigente não soube conduzir adequadamente os rumos do levante, o que acabou sendo um dos motivos de seu estacionamento e posterior fracasso).

A vanguarda revolucionária é primordial para todo movimento político (que disputa poder). Oswald Spengler disse: “Quando uma Nação ergue-se ardente para lutar por sua liberdade e honra, é sempre uma minoria que realmente incendeia a multidão.”

Sempre que os povos se levantam contra qualquer espécie de tirania existe, por trás, um grupo de escol, de elite, que está por lhe dar os comandos. A fase em que a luta paulista se encontra atualmente ainda é a de formação desse grupo especial de comando.

Em nossa luta por defender a independência de São Paulo, portanto, temos de buscar o apoio e a entrada em todos os setores da sociedade paulista: na cultura, nas artes, na política, nas empresas e comércios, entidades de classe, nas universidades, igrejas, em toda a parte a ideia de secessão de São Paulo precisa ser defendida e a nossa bandeira hasteada.

A política, portanto, setor que lida com o estado e todo o poder que este detém, não pode ser deixada de lado pelos separatistas, ao contrário, deve ser por nós explorada. Nós defendemos que pessoas que se encontram em nossas fileiras se filiem a partidos políticos, disputem eleições (e de preferência, vençam essas eleições) e levem pelos meios que a política possibilita, a nossa mensagem adiante. 

Os partidos políticos para nós devem servir como instrumentos para que possamos obter espaços e conseguir com isso fortalecer a Causa Paulista e o MSPI. Em todos os partidos há corruptos, em todo partido há negociatas. O que pensamos é que nós devemos, portanto, usar os partidos, independente de seus problemas internos.

A política está cheia de aproveitadores, ladrões, corruptos, em boa parte, por que pessoas com ideais não se dispõem a participar das disputas partidárias. O jurista Rui Barbosa disse célebre frase que resume bem essa questão: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Nós, que temos confiança na pureza dos ideais de nossa causa, portanto, não devemos nos eximir de cumprir nossos papeis, cada um de acordo com a sua vocação, um no estudo, outro na militância de rua, outro na política. Em toda a parte devemos desempenhar esse nosso destino de defender a independência Paulista, até chegar o dia de nossa coroação, o dia em que os Paulistas definitivamente estarão livres do peso e da tirania do Brasil.


*Professor de História e presidente do MSPI

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Ensaios sobre o Brasil

2/6/2015

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Júlio Bueno

Em uma dessas segundas feiras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo de renome, deu uma longa entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, cujo foco principal foi a apresentação de seu novo livro, voltado a analisar o pensamento dos intelectuais que pensaram e ajudaram a construir o mito brasileiro. De Joaquim Nabuco a Florestan Fernandes.

O presidente apontou que hoje, na academia, há uma falta, uma profunda escassez de ensaios, que venham tentar entender o Brasil. Inúmeros foram os autores que no século passado escreveram obras e dedicaram suas carreiras a tentar interpretar o Brasil e pensar propostas para as soluções do país. Vários, entre eles podemos citar: Gilberto Freyre, Oliveira Vianna, Vianna Moog, Paulo Prado, Caio Prado Júnior, no século XIX Joaquim Nabuco, Alberto Torres e Eduardo Prado.

A lógica para compreender essa falta de novos ensaios para compreender o Brasil, segundo FHC, se deveria justamente ao fato de finalmente ter se consolidado a identidade brasileira. Logo, subentende-se, primeiro, que essas teses interpretativas estiveram longe de ser neutras, servindo ao propósito político claro, de procurar dar uma "cara" ao Brasil, uma cara que multiforme do Oiapoque ao Chuí, foi sendo pouco a pouco, com o auxilio da mídia, fixada na mente e no espírito de extensa maioria da população luso americana.

Nesse sentido, pouco importa se a cara do Brasil é aquela pintada por Paulo Prado em "Retrato do Brasil", negativa e melancólica, ou a de Gilberto Freyre em "Novo Mundo nos Trópicos", exaltada, positiva e ufanista. Em todos os casos é foco a construção do discurso da brasilidade, através da repetição contínua da ideia do país uno e indivisível, com uma cultura padrão de um extremo geográfico a outro, com variações meramente superficiais.

Práxis e Teoria não podem andar separadas, já nos ensinaram as cabeças pensante da ideia revolucionária marxista no Século XIX e XX. Nesse sentido, nós separatistas, que para além de nosso amor declarado a nosso torrão natal, o histórico "País dos Paulistas", temos que ter um compromisso dedicado com a milícia da verdade, não nos coadunando jamais com esse determinismo imposto há mais de um século, que tem por propósito destruir a cultura e as tradições do povo de São Paulo.

Desconstruir doutrinariamente o mito da nacionalidade brasileira e também da brasilidade é nosso dever, pois é, antes de uma ação de amor a São Paulo e uma incontingência histórica do destino do povo Paulista, uma demonstração de nosso compromisso com a verdade e a razão.

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Nove motivos para ser separatista

2/6/2015

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VINICIUS HENRIQUE SIMÕES

1 - São Paulo não é Brasil.
São Paulo tem uma formação cultural, econômica e histórica diferente dos outros estados do Brasil.

2 - Não existe "Brasil"
O que chamamos Brasil é uma colcha de retalhos de vários estados, que na verdade são povos diferentes e, por imposição cultural, ideológica e militar nos obrigaram a ser Brasil, mas não somos de fato.

3 - Crise de representação politica 
São Paulo tem uma grande população, mas tem representação menor que a do Acre na Câmara dos Deputados.

4 - São Paulo não recebe de volta a sua riqueza, fruto do seu trabalho
Então gera uma disparidade absurda entre o que mandamos para o que recebemos, sustentamos um esquema de corrupção terrível em Brasilia.

5 - São Paulo independente seria a segunda maior economia da America latina.

6 - São Paulo independente teria um PIB de R$ 600 bilhões,18 lugar no mundo e exportador de petróleo

7 - São Paulo não tem sua história respeitada
Nosso currículo nas escolas publicas não contem nossa história, e nossos heróis são desprezados pelo Governo Federal, que chama a Guerra Paulista em 1932 de golpe das elites e os Bandeirantes de assassinos.

8 - São Paulo tem um povo trabalhador, que ama seu estado e se orgulha de ser Paulista.

9 - São Paulo tem um histórico de liberdade em detrimento de um estado brasileiro de tirania, repressão, sem conseguir ter uma estabilidade econômica democrática e institucional por muito tempo.

São 9 motivos e não 10 em homenagem ao 9 de Julho.



*Professor de História. Adepto do MSPI

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