![]() Primeiramente devemos deixar claro que não temos nada contra Roraima. O estado da região Norte é utilizado apenas como figura de comparação, já que, em contraste com São Paulo, que é o mais populoso, Roraima é o menos. E essa série de textos é sobre população e sua capacidade de influenciar a política do Brasil. Um dos pilares da democracia representativa é a questão do voto. "Uma pessoa, um voto". Todos os eleitores aptos a participar de um determinado pleito tem o mesmo direito, independentemente de sua condição social, origem e local onde mora. Ou seja, todos os votos deveriam valer o mesmo. Mas, aqui no Brasil isso não vale para as eleições para o Congresso Nacional, especialmente para a 'casa baixa' do parlamento brasileiro, a Câmara dos Deputados. E isso é gravíssimo, devido ao centralismo de poder que a esfera federal brasileira detém perante estados e municípios. A imagem é claríssima ao mostrar a distorção entre o maior e o menor estado, em termos de população. Para eleger um deputado federal, o voto de um paulista vale quase DEZ VEZES MENOS do que o voto de um roraimense. Nossa representatividade na câmara dos deputados é praticamente nula, perante os outros estados. Ao impor números mínimos e máximos de deputados por estados, o Brasil consegue enfraquecer completamente o eleitorado paulista na sua capacidade de representação popular. E, ao contrário da questão tributária, onde vários estados são prejudicados por Brasília, na questão político-representativa, praticamente os únicos prejudicados são os paulistas. Para se ter uma ideia do tamanho de problema que o Brasil causa com essa ação, caso o número mínimo de deputados por estado fosse 8, como é atualmente (com o piso de Roraima e um deputado para cada um dos seus 62 mil habitantes), mas não houvesse número máximo possível, São Paulo teria direito a 710 deputados. Sim, você leu direito: com o modelo atual, São Paulo deveria ter direito a SETECENTAS E DEZ CADEIRAS. Mais do que o tamanho do congresso atual. Só o número de cadeiras que nos é tirada no atual modelo, 640, é maior do que o tamanho da câmara inteira (513 deputados). Afinal, uma pessoa, um voto, certo? Um congresso desse seria inviável em custos, e teria mais de mil e quinhentos parlamentares. Caso o Brasil optasse pela saída racional, e, ao invés de aumentar o número de deputados paulistas, diminuísse o número de deputados dos estados menos populosos, e mantivesse o limite de 70 por estado, mas tentando respeitar a regra de 'um eleitor, um voto', São Paulo se manteria no limite dos 70. E Roraima teria UM DEPUTADO, já que levando-se o tamanho do eleitorado paulista como base, a cada 629 mil habitantes, cada estado teria direito a um parlamentar. Como Roraima fica abaixo do número mínimo, teria direito a um parlamentar. Mesmo assim, ainda haveria certa desproporcionalidade e o voto roraimense ainda valeria mais do que o voto paulista, já que a população de Roraima é inferior numericamente ao número de habitantes de São Paulo divididos pelo numero máximo de deputados - 70 (496 mil habitantes por deputado em Roraima a 629 mil habitantes por deputado em SP). Caso o Brasil realmente respeitasse a regra do voto, com o mesmo peso para todos, puro e simples, o número mínimo de deputados por estado fosse um, e não houvesse uma barreira máxima, como os 70 atuais, Roraima teria direito a UM parlamentar. E São Paulo, teria direito a OITENTA E NOVE. Afinal, nossa população é oitenta e nove vezes maior. Uma pessoa, um voto. Todos os eleitores valendo o mesmo. Isso mostra o quanto o Brasil prejudica São Paulo e a população paulista. Nosso voto quase nada vale. Continuaremos a tratar disso nos próximos textos da série. Luiz Giaconi é jornalista e coordenador de comunicação do MSPI. O MSPI deseja parabenizar o Ditador Getúlio Vargas pelos 61 anos sem protagonizar um golpe de Estado.
61 anos sem fraudar a democracia e apear do poder um presidente legitimamente eleito. 61 anos sem desrespeitar constituições, sejam elas anteriores a ele, ou criadas sob a sua guarda. 61 anos sem queimar as bandeiras estaduais, com destaque para a sagrada bandeira de treze listras, o nosso pavilhão bandeirante. 61 anos sem matar, perseguir, torturar e exilar os seus opositores, de todas as ideologias possíveis, à esquerda e à direita. 61 anos sem mentir, enganar ou criar falsidades. Ou ser um caudilho demagogo populista, na pior tradição latino americana. 61 anos sem interferir nos assuntos locais dos estados, especialmente na nomeação de seus lacaios (vulgo interventores). 61 anos sem roubar, nem patrocinar a corrupção. O pai do 'mar de lama'. 61 anos sem ser o principal incentivador do autoritarismo federal brasileiro, o qual ele é o patrono primário. Que a terra de São Borja lhe seja leve. JÚLIO BUENO
Em uma área atual de quase 250 mil km2 vive o povo Paulista. Outrora o nosso território já teve extensões bem maiores, ocupando áreas nas quais hoje estão os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São Paulo mudou, territorialmente, pela ação reorganizadora da coroa portuguesa, de acordo com seus interesses econômicos, depois, da coroa bragantina, do Rio de Janeiro, no século XIX, onde São Paulo teve a sua última redução de território, quando o Paraná se separou de nós. Mesmo com essas perdas de território, ainda mantemos uma vasta área, que possui um relevante papel na composição econômica, social e cultural de nossa nação paulista. Certamente o interior paulista é guardião de grandes riquezas de nossa ancestralidade, de nossa cultura de raiz, que nos faz lembrarmos dos velhos paulistas que criaram uma vistosa civilização em meio aos sertões, antes povoados somente por feras e por índios. O povo paulista que guarda toda essa herança é portador de um privilégio que outros tantos milhões de paulistas, habitantes de grandes regiões metropolitanas, não são capazes de entender em sua totalidade, por que há muito já foram apartados da influência direta desses fatores. A cultura paulista é única. É aquela que formou um núcleo básico e primordial de valores, que influenciam, perenemente até hoje a todo o paulista, seja ele habitante da cidade que for. O elemento mais valioso da cultura não são as manifestações artísticas, mas os valores e sentimentos que motivaram os seus autores a se expressarem daquela maneira. Somos filhos de uma cultura mediterrânea, especialmente ibérica. De uma cultura cristã, marcadamente católica. Herdeiros de uma ordem tradicional, que foi forjada por uma vida de guerra e luta constante, seja contra o mouro em Ibéria, seja contra o indígena na América. Herdamos também um espírito de empresa, incomparável a qualquer outro povo ibero-americano. Estes são valores são propriamente nossos. O paulista é a síntese humana desses valores. Se existem outros valores que posteriormente agregados por outros grupos humanos que em São Paulo adentraram, estes focaram-se na região da capital paulista, tendo influenciado muito menos o nosso interior, que ainda preserva grande parte desses valores tradicionais. Toda a cultura é viva e vive absorvendo influências estrangeiras, boas e ruins. Cabe aos portadores da melhor cultura, dos melhores valores,saberem ter o correto discernimento, para poder separar o joio do trigo. Nas regiões metropolitanas, por suas próprias dinâmicas, esse discernimento não foi corretamente feito. Nos sertões paulistas a situação foi outra e é por isso que ele merece ser reverenciado por todo o paulista, por ser guardião da mais pura essência bandeirante. Viva o caipira! *Professor e presidente do MSPI ![]() JÚLIO BUENO Aqueles que se posicionam contra a secessão de São Paulo usam como argumento que a o texto constitucional vigente no país é terminantemente claro em proibir a separação de algum estado, dizendo que se trata de cláusula pétrea. Esses mesmos que se usam da Constituição para querer atacar os que defendem a independência paulista devem crer numa suposta origem divina da CF88. Acham que tais leis foram ditados pelo próprio Deus, e que retirar dela um pingo ou uma vírgula seria grave pecado. Desde 1824 o Brasil já teve várias constituições, todas elas frutos das circunstâncias e da sociedade da época. A lei é feita pelo homem e da mesma forma que a fez uma vez, pode fazer sempre que for necessário. O que justifica uma mudança ou uma nova constituição é quando ela já não mais é suficiente para atender as necessidades de uma sociedade. É o que ocorre com a atual constituição brasileira. Quando a consciência do nosso povo estiver mais clara e ele perceber que a única saída para os problemas de nosso estado e de nossa população é unicamente a nossa soberania, então o resultado disso será uma nova constituição,que sirva para amparar aquilo que nossa sociedade deseja. *Presidente do MSPI ![]() JÚLIO BUENO A esquerda brasileira é, em grande parte, nacionalista. É por que lhe convem, pois este seu suposto nacionalismo não passa de duplo engodo: toda esquerda é, por natureza, internacionalista e globalista, ao mesmo passo que proclamar algo como um nacionalismo brasileiro não passa de simples safadeza vendida pelo governo, com o propósito de dizer que somos todos iguais, um só povo, uma só nação. Essa mesma esquerda, no controle do poder central do país, há muito tempo, posa de vítima do autoritarismo, e promove uma "comissão da verdade" para apurar os delitos e abusos do Regime Militar, mas faz, deliberadamente, questão de esconder das investigações o mais negro período da história deste país: o Estado Novo. Afinal, de contas, Getúlio veio se tornar (mesmo que ele não fosse um sinistro, no sentido político) um ícone para a esquerda brasileira. O analfabeto funcional chamado Lula, ex-presidente deste projeto de país do terceiro mundo, que se gaba de nunca ter lido um livro, tempos atrás mostrou que ainda podia regredir mais em sua iníqua condição: disse que estava lendo a biografia de Getúlio Vargas. O Brasil é o país perfeito para o petismo, uma forma nova de populismo e paternalismo, simples versão 2.0 do que vimos na década de 1930 e 1940 com o caudilho-mór de São Borja. *Presidente do MSPI |
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Julho 2019
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