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A única reforma realmente transformadora é a reforma do estado

10/8/2017

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JÚLIO BUENO

O cenário político nacional se encontra totalmente indefinido. As regras do jogo, aprovadas nessa nova reforma eleitoral/política, com a adoção do distritão (que transforma a eleição de deputados e vereadores em uma eleição majoritária) irá favorecer, sobremaneira, os políticos bons de voto. Penso que no caso Paulista isso pode vir fazer com que o PT recupere um pouco do território perdido nas eleições municipais do ano passado, ao colocar para disputar para a câmara federal, diversos caciques que estavam sem mandato ou em outros cargos: Aluísio Mercadante, Eduardo Suplicy, Luiz Marinho além da reeleição de nomes fortes como Carlos Zaratini, Vicente Cândido, irmãos Tatto e Andres Sanchez.

No geral, o distritão, apesar de justo, afinal serão eleitos aqueles que realmente são os mais votados, causa um fenômeno complicado, pois faz com que somente os caciques, com força e cabedal eleitoral, e as estrelas de TV consigam ser eleitas. Para um voto qualitativo isso é terrível.

O distritão, todavia, vai fazer um bom serviço, sobretudo para eliminar a chances do PSOL em aumentar as suas bancadas na Câmara Federal e nas Assembleias legislativas. Tirando Jean Willys, Erundina, Ivan Valente (talvez), Chico Alencar, Marcelo Freixo e Luciana Genro, ninguém mais naquela joça tem votos para se eleger sem o quociente eleitoral. Nas eleições municipais será ótimo: se tivesse valido ano passado, o PSOL não teria conseguido eleger um único vereador na cidade de São Paulo. As chances de partidos como PSTU, PCB, PCO e demais partidos nanicos à esquerda e ao campo fisiológico diminuem. Isso enfraquece, sem dúvidas, os partidos, mas nas atuais circunstâncias, onde as siglas são meras máfias, isso não é ruim.

Péssimo, nessa nova reforma, é a ampliação dos valores do fundo partidário, que chegam a R$ 3 bilhões e 600 milhões! É um valor imoral, um verdadeiro estupro para todos os contribuintes!

Vejam os senhores, mais uma reforma foi feita e nada mudará de substancial na realidade do país. É mais uma reforma realizada para não mudar nada de fato! O câmbio vem para continuar na mesma. É o que de mais normal ocorre na história política desse país. As elites fazem uma dança macabra das cadeiras, para, no fim das contas, ocuparem os mesmos postos de poder que já ocupavam antes.

Mudam-se os nomes dos partidos, muda-se a forma de eleger, mas a mentalidade dos senhores representantes permanece a mesma. São portadores da ideia de que o estado deve estar ao seu favor e a favor dos seus. O estado, que nada mais é do que o corpo de instituições legais, hodiernamente, é gigante e um entrave para a mudança necessária no pensamento da população, que permanece crendo, desta maneira, que é justamente esse estado, que será capaz de resolver todos os seus problemas, quando ele é apenas a estrutura usada pelas elites para perpetuarem esses problemas.

Não há outro caminho a se trilhar, se se quiser ver uma mudança real, senão o de se construir uma nova alternativa, um projeto de uma nova constituição, que institua o confederalismo como forma de estado, que coloque nas mãos dos estados praticamente todas as atribuições legais e de serviços públicos, garantido-os total soberania sobre as suas decisões, incluindo a decisão de permanecer ou não juntos na confederação. É a liberdade e a verdadeira soberania popular cidadã que precisa vir a imperar. É isso ou a barbárie.

*ATUALIZAÇÃO: O distritão não foi aprovado. Permanece tudo como estava antes.

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