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O culto à malandragem

26/9/2014

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CARLOS ALBERTO RODRIGUES JÚNIOR

Um dos assuntos mais comentados entre os que defendem a independência paulista é a imposição forçada de um padrão cultural brasileiro a ser seguido. Para quem observa de fora, o brasileiro estereotipado é um ser indolente, iletrado, violento e primitivo. Não apenas para nós, paulistas, mas para os próprios brasileiros, esta imagem é bastante ofensiva e leviana.

Curiosamente, um dos aspectos culturais mais comemorados do brasileiro é a “malandragem”. O malandro é uma figura folclórica brasileira, uma entidade nacional, um símbolo orgulhoso da maneira como o brasileiro enxerga a si mesmo. O malandro, na essência, é um ser que não trabalha, não produz, e que aprecia a vida fácil. Sobrevive de aplicar golpes ou praticar pequenas contravenções.

A malandragem, também conhecida como “jeitinho brasileiro”, está presente no cotidiano de todos os brasileiros. Começa nas pequenas maneiras de burlar regras e leis, e se estende até os mais altos níveis do governo. Um exemplo clássico da malandragem do brasileiro aplicada ao poder é a famosa frase “rouba, mas faz”, atribuída a Ademar de Barros, que basicamente quer dizer que desde que um governante faça aquilo para o qual ele foi eleito para fazer, a corrupção em sua gestão é admissível.

Da mesma forma que existe a figura folclórica do malandro, há também aquele que não pratica a malandragem, o famigerado “mané”, também conhecido como “caxias”, e atualmente chamado também de “coxinha”.

O mané é o oposto do malandro. Ele é trabalhador e moralmente inflexível. Prefere obter seu sustento de forma lícita. tradicionalmente, o mané é a maior vítima dos golpes aplicados pelo malandro. Ser chamado de mané é basicamente o mesmo que ser chamado de otário.

O estereótipo do paulista, na visão clássica do malandro, é a perfeita encarnação do mané. Fazendo a analogia, nos tornamos verdadeiros manés quando não vemos o dinheiro de nossos impostos revertidos em benefícios. Brasília, por outro lado, é uma personificação do malandro. Não produz absolutamente nada, gosta de vida fácil, e sobrevive aplicando golpes nos infelizes manés.

Em qualquer parte do mundo, sempre haverá um malandro. Mas o Brasil é o único país onde a malandragem é celebrada. Em qualquer outro lugar, ter um povo considerado malandro seria motivo de imensa vergonha. No entanto, somente no Brasil isso é motivo de orgulho.

Embora a cultura da malandragem não faça parte daquilo que nós, paulistas, somos na essência, infelizmente o conceito do “jeitinho brasileiro” já está enraizado há anos em nosso povo. Para nos tornarmos independentes de fato, devemos nos livrar de padrões culturais viciantes como este. Aliás, não apenas nós, paulistas, mas também os brasileiros, caso eles desejem algum dia prosperar enquanto nação.

LIBERDADE PARA SÃO PAULO!

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Separatismo: um novo idealismo

22/9/2014

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Quando se é jovem, muitas vezes também se é visionário, sonhador, idealista, se se apaixona por alguém, por um companheiro de causa, por uma ideologia e se se agarra nela, mesmo que seja pra pegar numa arma e assaltar a um banco na pele de um guerrilheiro (pra algumas décadas depois até virar presidente da república). Humm... essa história me parece conhecida.

Nessa fase da vida se pensa que se pode transformar o mundo num lugar mais justo e, portanto, feliz. Mas no frigir dos ovos, nem sempre o politicamente correto pode ser considerado, porque, se for, não há briga, não há combate, não há ação, porque, muitas vezes, o politicamente correto ata, amarra, emperra e sufoca quando é preciso avançar. O politicamente correto impede a desejada ruptura, azeita a necessária fricção, inibe a luta... essa luta para mudar, para melhorar, para corrigir o que está errado.
Pois se eu não cheguei a ser um guerrilheiro, idealista eu fui e também politicamente correto, e o digo sem vergonha alguma. Aliás, continuo a sê-lo, se bem que já curtido, bem formado e com as arestas devidamente aparadas, ou seja, sou um idealista mais realista, e espero que também mais sensato. Só que percebi que ser politicamente correto sempre, não é apenas chato, mas também pode ser um atraso de vida, por isso vou dizer o que tenho de dizer sem medo de pisar em calos e ofender suscetibilidades.

Querem um exemplo do prejuízo que a postura politicamente correta causa? Pois vejam só o problemão social que esse conceito, nascido no Reino Unido e adotado por quase todo o mundo ocidental, criou para muitos países, principalmente os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e França, invadidos por muçulmanos que querem se impor, custe o que custar, sobre a civilização local. Afinal, no mundo ocidental não se corta cabeça nem se apedreja suspeito de crime em praça pública, não se encarcera ninguém suspeito de espionagem e nem se usa Deus como desculpa para matar. No mundo ocidental, por conta dessa merda de politicamente correto, o máximo que se faz é TOLERAR, e tolerar é esperar - pelo inevitável, pela extinção do mundo como sempre o conhecemos.

O que quero dizer é que foi-se o tempo de eu acreditar num Brasil melhor. Perdi a inocência! Foi um processo doloroso, sem dúvida, mas finalmente cheguei no ponto da descrença total, da insatisfação crônica, da frustração onipresente e da incredulidade, ou seja, não acredito mais em Brasil, não acredito nesse arremedo de União e imitação de democracia nem creio nesses governos de déspotas.
O Brasil sempre foi como uma grande casa nunca acabada, que mal tem se mantido em pé às custas de muita gambiarra e abrigando famílias tão diferentes entre si a ponto de se perceberem como estrangeiros, e por isso, um dia, vai desmoronar.

Afinal, o que um gaúcho tem a ver com um potiguar? O que um piauiense tem a ver com um paulista? O que um catarinense tem a ver com um cearense? OK, eles ainda tem coisas em comum, todos falam português, ainda que com sotaques diferentes, todos comem feijão com arroz, amam futebol, adoram um brigadeiro, são fanáticos por novelas da Globo, gostam de piadas de viado e sacanagem, adoram um motelzinho num fim de semana, glorificam os feriados (excessivos), curtem um carnaval e são chegados numa bunda.

Entretanto, as afinidades param por aí, porque há muito, mas muito mais diferenças culturais entre certas populações do que afinidades, e a maior parte delas naquilo que interessa, que é importante na formação da cultura que a distingue da outra. E, em determinados casos, essas diferenças são tão marcantes que não dá mesmo pra conviver com elas, não há conciliação, é preciso apelar para a saída mais óbvia, ou seja, o divórcio, a separação.

Por exemplo, o gaúcho tem a sua cultura formada, sobretudo, pela sua geografia peculiar em termos de Brasil, pois junto com Santa Catarina não tem a tropicalidade como tônica, possui os campos dos Pampas que lhes confere uma alimentação historicamente europeia, ou seja, baseada no consumo de carne, leite e derivados de trigo, até porque a cultura do estado é predominantemente europeia por causa da imigração maciça e pouca migração de outras partes do país já mais familiarizados com a farinha de mandioca. Eles são um povo bastante consciente de si próprio, de sua cultura e identidade, de seu valor cultural, porque são gente de fronteira, que a conquistou e sempre brigou por ela a fim de manter os vizinhos hispânicos fora de seu território, daí serem vistos como "brigões", tradicionalistas e orgulhosos. E quem há de culpá-los por isso, hein?

O vizinho, Santa Catarina, também tem suas peculiaridades, ainda que tenha muito em comum com o Rio Grande do Sul. Por exemplo, eles também sofreram uma influência decisiva da imigração europeia em sua cultura que bem os define como povo. Eles também tem fronteira com país hispânico pra cuidar, como também tem o clima predominantemente subtropical que lhes confere um modo de vida diferente de grande parte do país. Também, como o Rio Grande do Sul, eles têm uma população homogênea porque pouco sofreram com a migração em massa de desesperados, ao contrário do que ocorreu e ainda ocorre com São Paulo. Lembrando que esse é um dos argumentos mais usados pelos sulistas para nos rejeitarem numa possível união com eles - porque já traríamos graves problemas sociais para a nova federação. De novo, quem há de culpá-los por pensarem assim? Voltando ao assunto anterior, talvez por causa da influência alemã e eslávica, as cidades catarinenses sejam tão mais organizadas e limpas que no restante do país.

O Paraná, logo ao norte, igualmente tem a população homogênea de origem europeia, também faz fronteira com país hispânico, pouco sofreu com o fluxo migratório de outras partes pobres do país e tem sua idiossincrasia cultural e social muito próxima a de seus vizinhos do sul, ainda que o norte do estado sofra uma influência paulista marcante e que, como São Paulo, tornou-se rico com a exploração da cultura do café. Lembremos que essa região do Paraná foi colonizada por paulistas, assim como mineiros e fluminenses.

Portanto, pessoal, não é mesmo à toa que queiram ser um país à parte, porque, de fato, têm muito em comum e são diferentes do resto, se bem que nem sempre foi assim com respeito a São Paulo, porque, no passado, há pelo menos uns 50 anos atrás, nós tínhamos muito em comum com eles. Nós também tínhamos uma população homogênea e de origem europeia, sobretudo italiana, portuguesa, espanhola, como também árabe e japonesa, sem falar nos alemães, judeus, lituanos e outros.

A título de curiosidade, nos anos 20, a maior parte da população paulistana sequer falava português como primeira língua.

Nós, como os gaúchos, também sempre tivemos esse espírito de povo da fronteira, porque nós, com os nossos bandeirantes, expandimos imensamente os domínios lusófonos na América do Sul anexando terras e mais terras à coroa portuguesa. Por nossa causa o Brasil é do tamanho que é, e muito do território brasileiro era paulista. E desses nossos valorosos antepassados herdamos esse espírito pioneiro e laborioso que nos coloca na vanguarda em muitos aspectos dentro do Brasil.

Quando os imigrantes europeus chegavam à capital de São Paulo, diferente do resto do país, já nós encontravam civilizados, pois que já contávamos com uma elite agroindustrial forte e educada nas melhores universidades europeias. Diferente dos cariocas que viviam de status de capital, nós nos fizemos, nós criamos a nossa própria civilização com os nossos braços, não tínhamos aqui as benesses da capital imperial e depois republicana.

Os paulistas de então eram orgulhosos e mesmo xenófobos, tanto que até discriminavam aos estrangeiros, olhavam os imigrantes, especialmente os italianos que provinham, em sua grande maioria do norte da Itália, como inferiores. Para certas famílias de classe média, chegava a ser uma desgosto ver um filho casar-se com um imigrante, especialmente italiano. Esse fenômeno social, até onde sei, é desconhecido em outras partes do país.

Mas o tempo passou e a população local acabou absorvendo ou sendo absorvida pelos estrangeiros e aí formou-se uma nova identidade paulista, essa que todos nós amamos, até porque somos parte dela. Afinal, muitos de nós somos descendentes daqueles imigrantes, como eu, por exemplo, que até cidadania estrangeira tenho. Enfim, temos o nosso sangue colonial e imigrante misturados.
Não demorou muito, porém, pra que uma nova transformação ocorresse, mas dessa vez, infelizmente, não seria a nosso favor porque a harmonia nunca haveria de vingar como havia acontecido antes com os imigrantes.

Alguns críticos do chamado bairrismo paulista ou preconceito contra nordestinos e outros, costumam argumentar que a pujança econômica do estado de São Paulo foi conseguida às custas de muito sangue e suor dos migrantes pobres do Nordeste e do Norte do país. Pode ser que sim, pelo menos em parte, mas isso não ocorreu sem que, no princípio de tudo, muitos paulistas se vissem desempregados e, portanto, sem poder sustentar suas famílias por causa da competição desleal dos forasteiros que trabalhavam a "troco de banana", como se costuma dizer. Eles não apenas baixaram os salários a um nível que já não permitia que os locais pudessem viver com dignidade, mas também trouxeram a noção da improvisação, da gambiarra, do morar de graça e do "jeitinho" por causa da total falta de educação, formação e profissionalismo que, infelizmente, pelo que parece, já está enraizada em nossa cultura, talvez para sempre.

Quando começaram a chegar, houve muita revolta, as pichações de "fora nordestinos" começaram a pipocar pela capital paulista por causa desse choque cultural causado pela migração que já tinha se tornado um fluxo ininterrupto e que prossegue até os dias de hoje.

Mas o tempo passou e essa população toda de migrantes pobres começou, finalmente, a ser mais ou menos absorvida pela realidade econômica e social do estado mais rico e poderoso da nação, mas não sem o onipresente choque de culturas, a revolta silenciosa dos paulistas, sua resignação pela falta de voz, pela boca impedida de gritar por basta, enquanto, através dos anos, viram a escalada da violência, antes praticamente desconhecida, as práticas sociais ou, antes, antissociais completamente alienígenas aos locais, como por exemplo, a invasão da propriedade pública e privada, a falta de respeito pelas regras e o descaso pela lei e pela ordem, a violência doméstica acompanhada sempre do machismo típico, enfim, "tudo misturado", mas nem tanto assim.

Ainda há muitos paulistas que não se conformam com este estado de coisas, e muitos deles estão aqui entre nós e eu mesmo sou um deles. Houve um tempo em que os vizinhos espiavam através de suas janelas e comentavam sobre aquela "gente esquisita" que estava despejando a mudança de um caminhão velho e poeirento logo ali ao lado. Daí se ouvia falar da primeira morte a facadas na padaria da esquina provocada por alguém de aparência e sotaque peculiar, do maltrato do motorista de sotaque e aspecto marcante que insulta o idoso porque este se demora a subir no ônibus, as pessoas com "cara de forasteiro" depredando jardins públicos porque se acham no direito de levar a florzinha bonita de graça pra casa, as comidas de rua vendidas sem o menor cuidado com a higiene por "aqueles tipos que sabemos de onde vem", homens (que não parecem ser daqui) urinando na via pública como se fosse a coisa mais aceitável e normal do mundo... Enfim, tantas coisas que, desde pequenos, observamos e aprendemos a distinguir "o tipo" que faz daquele que não faz o que sabemos ser errado, e geralmente, aquele que "faz cagada", não se parece muito "com a gente".

E depois vem nego reclamando de nossa ojeriza a nordestino, de nosso preconceito, bairrismo e racismo. Por acaso, estereotipar, é um mal só paulista? Por acaso, quando observamos um paradigma comportamental confirmar-se sempre, repito, sempre, não é compreensível que assim seja? Porque, sim, a gente vê - sempre! E, infelizmente, uma maioria (?) que presta, civilizada, acaba pagando pela minoria (?) f.d.p., é a história do mundo, não é uma invenção paulista.
Acho que todos sabem muito bem o que quero dizer aqui.

E assim seguimos, vendo os nossos valores e cultura sendo espezinhados por uma gente que não dá a mínima e só tem mesmo noção do "aqui e agora", que vive aos trancos e barrancos, movidos mais pelo instinto do que pela razão, que isso signifique te enfiarem uma faca na barriga por não concordarem contigo ou por ciúmes da mulher. Não trazem nada ou trazem muito pouco. Tiram, tomam porque daqui, ainda, tem o que ser tirado e tomado, ao contrário da terra de origem deles, da qual são párias e órfãos.
Um amigo meu, gaúcho, por sinal, e morador da capital paulista há muitos anos, argumentou que, diferente do que acontece no Rio Grande do Sul, a nossa causa pela independência está perdida, natimorta, por causa dessa grande minoria de "outros" que sufoca nossa voz nas urnas, nos protestos, na frustração, na insatisfação... Enfim, a população desinteressada em nossa independência é tão grande porque muitos nem mesmo são paulistas ou porque se veem como "os outros". E isso nos faz muito distantes de nosso sonho paulista de independência, tão diferente do que se passa com o Sul que, felizmente, não chegou a sofrer do mesmo mal que nós sofremos.

Dói dizê-lo, dói muito, mas creio que meu amigo gaúcho tem razão. O Sul, sim, tem chances de conseguir independer-se dessa desgraça chamada Brasil, já nós, temos o câncer do Brasil já em estado avançado em nossas entranhas paulistas e estamos a morrer, a nossa cultura e identidade está a morrer.

Mas, como bom paulista que sou digo: a esperança é a última que morre! Tenho fé que, de um jeito ou de outro, essa situação, um dia, há de mudar, e que finalmente possamos ter a liberdade de ser apenas o que e quem somos, ou seja, paulistas, paulistas de coração, gente que acredita em trabalho, honestidade, regras, ordem, lei, planejamento, educação e civilidade, gente que quer um ambiente melhor para nossos filhos e netos.

AUTOR: ZIG ZAG

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Separatismos, por Luis Fernando Verissimo

18/9/2014

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Luis Fernando Verissimo - O Estado de S.Paulo

"Não sei se os escoceses votarão por sair debaixo das saias da rainha Elizabeth, hoje, ou não, mas o fato do ímpeto separatista ter chegado a este ponto (as últimas pesquisas davam um empate técnico entre o "sim" e o "não") num país do Reino Unido, aquela aconchegante matriz do "Commonwealth", que os britânicos inventaram para fingir que ainda têm um império, mostra como nem as presumíveis zonas de conforto do mundo estão livres dos contrassensos da História. A secessão escocesa seria uma bonita vitória de ideais abstratos, mas respeitáveis, como independência e identidade nacionais, mas seria, ou será, um contrassenso. Isto se você concordar que o senso da História deveria ser para a integração cada vez maior de nacionalidades, em vez de um retorno ao tribalismo. E todos os ímpetos separatistas, por mais nobres e justos que sejam, são movidos por uma saudade da tribo. Ou, no caso da Escócia, do clã.

Não há analogia possível entre a secessão escocesa e outros movimentos separatistas no mundo - mesmo porque não há analogia possível entre a relação da Inglaterra com o resto do Reino Unido e a relação de qualquer outro governo do mundo com suas províncias -, mas todos têm em comum este caráter regressivo, esta nostalgia tribal. Você pode simpatizar com a rebeldia de uma Catalunha ou de um País Basco, ligados ao governo central em Madri apenas por frágeis formalidades, ou com o País de Gales, que talvez seja o próximo pedaço da Grã-Bretanha a pedir seu boné. Mas cada reivindicação de autonomia de um destes países autodefinidos por uma cultura e uma língua próprias é um passo na direção errada. Acho eu.

Mas é difícil resistir aos apelos do separatismo. Uma vez, alguém me mostrou num mapa o que, na sua opinião, era o país perfeito. Começava na Toscana, incluía o Piemonte, pegava um naco da Cote D'Azur e toda a Provence. Era um país em que não faltaria nada, nem em paisagens nem em gastronomia nem em qualidade de vida (e que vinhos!), e que só precisaria eliminar uma fronteira nacional e criar outra para existir. Tem gente que defende a sério uma secessão gaúcha, mas volta e meia surgem especulações menos sérias sobre como seria um país desejável do Sul. Ele talvez incluísse o Paraná, mas há controvérsias. Santa Catarina não poderia ficar de fora, se por mais não fosse pelas suas praias. E anexaríamos o Uruguai, certamente. Tudo puro delírio, claro. Se bem que... Não, não. Puro delírio.

Há quem diga que já houve uma secessão no Brasil. São Paulo separou-se do resto e há anos é a sua própria União independente. Não sei."

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Pelo fim do imperialismo de Brasília

15/9/2014

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HARLEY VIDOR

Sou partidário do separatismo em âmbito nacional, mas não por motivação discriminatória. Seria muito estúpido achar que o problema dos estados ricos são os estados pobres. Visão míope, praticamente cega. O Brasil é uma nação maravilhosa, não há com fugir desta realidade, o que realmente nos prejudica e a questão do imperialismo exercido por Brasília.

Com o passar dos anos, nosso país cresceu e se desenvolveu consideravelmente mas não teve a mesma sorte em se tratando da parte social e educacional. Somos colonos explorados pelo império Brasiliense. Deste câncer teremos que nós livrar. Cada estado da nação tem que ter o direito de se auto administrar da forma que convém, isto é democracia. O fato é que ainda não proclamamos nossa independência. Homens maus, vindos de todos os cantos do Brasil, vivem em Brasília apenas para nos roubar, condenando-nos a uma existência miserável. Aqueles que proclamam um separatismo por conta de uma superioridade social, econômica ou cultural, nada mais são do que traidores financiados pelos criminosos do poder imperial. Fazem com que esta proposta tão legitima se transforme em bandeira preconceituosa e desumana. Quem sabe o que melhor para sua casa e sua família é você ou seu vizinho?

Volto a ressaltar o quanto maravilhoso é nosso país, quem é que não gosta do Brasil e de todos seus encantos? A Europa é formada por vários países pequenos e irmãos, cada qual respeitando seus limites, e através da União Europeia trabalham em prol do bem comum, sem comprometerem sua soberania. Pelo fim do imperialismo no Brasil e pela proclamação das REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO BRASIL.

*O autor participa das tribunas do MSPI na internet.

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Argumentos para defender o separatismo Paulista

12/9/2014

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JÚLIO BUENO

Num grupo chamado "Panelinha da Direita", onde um mar de jovens se abarrotam para ver quem grita mais alto e sai cantando vitória, me pediram argumentos para defender o separatismo, e, rapidamente, dou a seguinte resposta, que abaixo segue:

"Históricos - citei aqui já vários casos de como SP sempre foi em busca de sua autonomia frente ao território brasileiro (1641, 1709, 1822, 1887, 1932) e a própria formação de SP mostra que a Coroa Lusa só lembrava dos Paulistas na hora de cobrar o quinto (imposto) e de buscar metais preciosos. Recomendo a leitura dos livros do Alfredo Ellis Jr, do Afonso Taunay, e mesmo o próprio Sérgio Buarque de Hollanda, que cita uma passagem com esse sentido, se não me engano no Raízes do Brasil.

Culturais - a formação da cultura paulista, que é a cultura campeira por natureza, do centro sul do Brasil, é distinta fortemente do resto do país. Mesmo os estados que são "filhos" de SP, hoje, apenas guardam semelhanças culturais conosco, configurando uma distinta cultura paulista, presente somente no território atual do Estado de São Paulo, que se evidencia através de suas manifestações artísticas, de seu sotaque caipira próprio, costumes, valores, gastronomia, etc.

Econômicos - Já falei nesse mesmo tópico. São Paulo fica com menos de 10% da arrecadação que se faz no Estado, e mais de 90% vai pra Brasília e não retorna. Os trilhões de Reais que pagamos para o Brasil em uma década dava para ter resolvido qualquer problema social do Brasil, mas não resolveu e não resolverá, por causa da maldita centralização administrativa que aqui muitos teimam em fazer vistas grossas.

Políticos - o peso de um Paulista na Câmara federal é muito inferior ao de um habitante de qualquer estado da região norte, isso por que existe um limite de 70 deputados federais por unidade da federação e SP, mesmo tendo mais de 40 milhões de habitantes tem menos deputados do que deveria, fazendo com que regiões inteiras levem vantagens nas disputas políticas estaduais e regionais que se colocam no Congresso.

Mais uma vez cito aqui a maldita centralização administrativa. Mas ora, aqui o medo do comunismo é geral, mas o sonho de todos esses nacionalistas brazucas que aqui ficam falando bobagens é o de unir a América do Sul sob o comando do Brasil, é o sonho imperialista brasileiro. Ora, unir toda a América do Sul não é uma das metas principais do Foro de SP?"

Durante toda a discussão simplesmente se pode ler, por inúmeras vezes, o argumento de Godwin, que é chamar qualquer pessoa em um debate, de nazista ou fascista. Além disso muitas piadinhas vieram, tirando sarro da situação hídrica atual de São Paulo. Certamente se nós Paulistas tirarmos sarro na internet com a seca nordestina nos acusarão de todo o tipo de preconceito. Se os brasileiros tirarem sarro de nós é preciso que aguentemos calados. Onde está a igualdade no Brasil?

*O autor é Presidente do MSPI

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O mito do declínio Paulista

12/9/2014

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CARLOS ALBERTO RODRIGUES JUNIOR

Muito se discute entre os que apoiam a independência de São Paulo que existe um grande esforço por parte do governo brasileiro para eliminar qualquer traço identidade cultural paulista.

Porém, poucos se deram conta que também existe um ataque covarde no moral e no orgulho da população de São Paulo. Creio que todo paulista já deve ter ouvido que seu estado está em declínio, que não possui o mesmo fôlego e vigor, e que em breve será superado pelos demais estados brasileiros.

Quem acompanha notícias online onde leitores podem opinar, deve ter visto inúmeras vezes notícias ruins sobre São Paulo sendo comemoradas. O fracasso de São Paulo parece ser o sonho de muitos. Nunca o moral do povo paulista esteve tão baixo.

Mas será que São Paulo realmente é um lugar decadente? Estaria São Paulo fadado ao fracasso? Tiremos nossas conclusões ao analisar os seguintes fatos.

Com o intuito de promover o desenvolvimento econômico e industrial em outras regiões do Brasil, no início dos anos noventa criaram-se vários programas de incentivos fiscais para que empresas se instalassem em outros estados, especialmente montadoras de automóveis. Até então, São Paulo concentrava quase a totalidade das empresas do setor automotivo.

De fato, muitas novas fábricas foram erguidas em diversos estados. E seduzidas por isenções fiscais, doação de terrenos, e baixo custo de mão de obra, algumas empresas instaladas em território paulista acabaram se mudando para outras localidades. E isso foi o suficiente para dar início ao mito da decadência paulista.

Primeiramente, o fato de outros estados estarem experimentando um crescimento econômico e industrial, não significa necessariamente que a economia de São Paulo esteja em declínio. Basta lembrarmos que no início da década de noventa a participação de nosso estado no PIB brasileiro era de mais de 30%, e hoje, mais de vinte anos após o início da era dos incentivos fiscais, São Paulo continua contribuindo com mais de 30%.

Embora outros estados hoje abriguem montadoras de automóveis, São Paulo ainda é o maior produtor de veículos automotores, e mesmo com incentivos fiscais em outras localidades, nos últimos vinte anos São Paulo recebeu um bom número de novas fábricas.

São Paulo ainda é, e por larga margem, o estado mais rico e desenvolvido da América lusófona. Ainda possuímos o maior e mais diversificado parque industrial dentre todos os estados, as melhores universidades e centros de pesquisa, e os melhores índices de desenvolvimento humano dentro do país hoje conhecido como Brasil.

Se São Paulo fosse uma nação, certamente teria que evoluir muito até atingir o patamar de desenvolvimento social e econômico que o povo paulista deseja e merece. Porém, sem as amarras impostas pelo governo central brasileiro ao nosso avanço, certamente atingiríamos rapidamente nossos objetivos como nação.

Liberdade e prosperidade para São Paulo!

*O autor participa das tribunas do MSPI na internet.



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