Movimento São Paulo Independente
  • INÍCIO
  • Blog
    • VÍDEOS
    • MIDIA CLIPPING >
      • PODCAST
      • Fontes
  • Documentos
    • NOTAS
  • FAQ
    • O QUE QUEREMOS
  • Participe
    • Grupo de Estudos
    • NÚCLEOS
    • UM HINO PARA SÃO PAULO
    • Palestras
  • Dossiê do preconceito

A tradição autonomista de São Paulo

22/9/2017

6 Comentários

 
Imagem
JÚLIO BUENO

Não é de hoje que temos buscado ressaltar que os argumentos em defesa da independência de São Paulo precisam ir além dos temas ligados à cobrança e redistribuição de impostos. 

Ainda dentro do aspecto econômico precisamos compreender como a estrutura do estado brasileiro impede que São Paulo venha obter um maior desempenho e desenvolvimento de todas as suas potencialidades. 

Se pudéssemos dispor de soberania sobre todo o sistema tributário em vigência no território Paulista, poderíamos, sem gerar qualquer espécie de ônus para os serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança, reduzir a carga tributária de início em pelo menos 30% sem que isso significasse perda da capacidade de investimento do estado. O por que disso é bastante simples: esse corte de impostos viria sobre um recurso que hoje São Paulo não dispõe, por que ele vai todo para o governo federal. São mais de R$ 400 bilhões pagos anualmente em impostos federais pelos paulistas. Se desse montante conseguíssemos reduzir em 30% a alíquota da cobrança desses tributos, teríamos assim dado um incentivo muito grande à dinamização de nossa economia, gerando mais empregos e arrecadação para os cofres públicos.

Ok, isso é baseado em um raciocínio bastante simples e claro. Esse é um argumento muito forte em defesa da secessão, porém, ele por si só é insuficiente para justificar o separatismo, por que bastaria o governo brasileiro fazer uma reforma fiscal e tributária e esse problema redistributivo poderia ser resolvido.

Precisamos enfatizar a necessidade dos temas históricos e culturais e desconstruir toda a mitologia que foi erigida sobre a república brasileira. 

O Brasil é um país, mas não é uma nação. Dentro de si ele prende uma série de povos e nações, de modo que podemos afirmar que a república brasileira é uma república plurinacional (embora não oficialmente reconhecida, como sabemos). Tendo como o foco o caso paulista, podemos concluir que a formação histórica, social e cultural do estado é forte o suficiente para serem considerados os paulistas como um povo distinto dos demais que compõem o Brasil. Sérgio Buarque de Hollanda, figura insuspeita de defender o separatismo já falou, no prefácio do livro "Viagem ao país dos Paulistas", do historiador Ernani Silva Bruno, que São Paulo, ainda na colônia constituiu uma nação de "per si". Essa afirmação se justifica pelo isolamento forçado que São Paulo teve com relação à metrópole, já que essa província, tão ao sul, não dispunha de nenhuma matéria prima que interessasse à Portugal, até a descoberta do ouro nas Minas Gerais, o que, curiosamente, fez com que São Paulo perdesse o domínio desse território em um conflito importante, que foi a Guerra dos Emboabas.

Historicamente também temos o registro de outros fatos que indicam, notoriamente, a predisposição e a vocação nacional de São Paulo, como a aclamação de Amador Bueno, em 1641, a própria declaração de independência, feitas às margens do riacho do Ipiranga, em 1822, as revoltas liberais de 1842, o separatismo republicano de 1887 (discutido e aprovado por figuras como o escritor Júlio Ribero, além de Martin Franscisco e Alberto Sales) e a corrente separatista existente durante a Revolução de 1932, representada por ilustres figuras como Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Alfredo Ellis Júnior e René Thiollier, que, após a guerra, fundaram a Liga Confederacionista.

Portanto, o separatismo paulista não é novo nem está apenas amparado na questão fiscal e tributária, mas tem já grande e importante tradição, que não pode deixar de ser levada em consideração. A nação brasileira é inexistente, portanto o que existe e o que nos prede, de fato, é uma ficção jurídica, chamada estado brasileiro e suas elites patrimonialistas.

6 Comentários

    Ajude o MSPI

    Feed RSS

    Arquivos

    Julho 2019
    Junho 2019
    Abril 2018
    Março 2018
    Janeiro 2018
    Setembro 2017
    Agosto 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Março 2017
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Janeiro 2015
    Dezembro 2014
    Novembro 2014
    Outubro 2014
    Setembro 2014
    Agosto 2014
    Julho 2014
    Junho 2014
    Maio 2014
    Abril 2014
    Março 2014
    Fevereiro 2014
    Janeiro 2014
    Dezembro 2013
    Novembro 2013
    Outubro 2013
    Setembro 2013
    Agosto 2013
    Julho 2013

    Instagram
    As informações dispostas nesse blog, nos artigos de opinião, não representam obrigatoriamente a opinião do Movimento São Paulo Independente, sendo de responsabilidade única e exclusiva de seus idealizadores.

Powered by Crie o seu próprio site exclusivo com modelos personalizáveis.
  • INÍCIO
  • Blog
    • VÍDEOS
    • MIDIA CLIPPING >
      • PODCAST
      • Fontes
  • Documentos
    • NOTAS
  • FAQ
    • O QUE QUEREMOS
  • Participe
    • Grupo de Estudos
    • NÚCLEOS
    • UM HINO PARA SÃO PAULO
    • Palestras
  • Dossiê do preconceito