Movimento São Paulo Independente
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Reportagem do Portal Terra atesta: MSPI registra crescimento de 270% em apoiadores

31/10/2014

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O presidente do Movimento São Paulo Independente disse que o separatismo não é novidade, mas o resultado da votação despertou esse sentimento em muitas pessoas.

Gráficos disponíveis em páginas do Facebook mostram um aumento significativo no número de seguidores de grupos separatistas após o dia 25 de outubro, quando foi definido o resultado do segundo turno das eleições presidenciais do Brasil. Em entrevista ao Terra, Júlio César Bueno, 24 anos, presidente do Movimento São Paulo Independente (MSPI) desde o ano passado, disse que o resultado da votação despertou o sentimento de separatismo em eleitores do Sul e do Sudeste do País.

Apesar de a “divisão” do Brasil ter sido desmistificada pelo historiador econômico Thomas Conti, dados da rede social apontam que a página do MSPI ganhou 17,7 mil novas curtidas ao longo desta semana, o que representaria um crescimento de 267,3%. O Movimento O Sul é o Meu País chegou a atingir cerca de 273% de aumento no número de seguidores. De acordo com os gráficos disponibilizados pelo site, os maiores índices foram alcançados no dia seguinte às eleições.

“Ficou muito claro, pelo resultado final, que Dilma Rousseff teve uma votação muito mais expressiva em Estados e regiões que são mais atendidos por programas sociais. O Sul e o Sudeste, e ainda mais especificamente São Paulo, votaram massivamente em Aécio Neves. Não porque ele fosse o melhor, mas porque ele era a alternativa contra o PT. São Paulo repudia o PT. Como a população votou contra o partido e viu seu candidato não ser eleito, esse sentimento de independência passou a ser despertado em muitos paulistas”, afirmou Júlio, que é professor de história na rede estadual. O líder do MSPI acrescentou que, no Sul, o movimento separatista é um pouco mais organizado.

O movimento, que se diz “extrapartidário”, negou que tenha feito qualquer tipo de campanha para o candidato do PSDB. “Em momento algum. Também não pregamos em nossa página o voto anti-PT. Tentamos mostrar que nenhum deles era o ideal para São Paulo, mas é evidente que, entre os nossos adeptos, a maioria votou contra o PT”, explicou.

Quanto à postura do grupo como oposição nos próximos anos de governo de Dilma Rousseff, Júlio afirmou que o MSPI vai defender a democracia. “A gente precisa de um sistema democrático no Brasil para que o nosso movimento seja bem sucedido. Nosso receio é que o PT venha, neste governo, se encaminhar para um regime populista. Com as mudanças constitucionais que estão sendo propostas, tememos que o PT instale algo parecido com o bolivarianismo. Não acredito que vire uma Venezuela, mas seria um regime mais demagogo”, opinou.

O presidente do movimento rebateu acusações sobre preconceito e disse que a posição do grupo “de maneira alguma tem a ver com discriminação de origem”. “Não temos motivo para discriminar. O que queremos é poder governar em paz, que o Estado seja independente, mantendo relações diplomáticas com os demais”, afirmou. O professor alegou que São Paulo é responsável por 40% da arrecadação federal, porém, apenas 10% retorna à unidade federativa como investimento. Para Júlio, as demais regiões do Brasil só começarão a crescer quando o território paulista se separar. “Os estados pobres precisam aprender a caminhar com as próprias pernas”, finalizou.

Algumas páginas que também registraram crescimento maior a partir do dia 25 foram: Movimento República de São Paulo (8 mil novas curtidas, alta de 79,9%), a comunidade Separatismo (874 novas curtidas, alta de 1.680,8%), O Rio é o Meu País (1,8 mil novas curtidas, alta de 4%) e Estados Aliados de São Paulo (985 novas curtidas, alta de 119,9%). O Terra tentou contato com outros grupos, além do MSPI, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta.

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/grupos-separatistas-crescem-ate-270-na-web-apos-eleicoes,589e5bc280769410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

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A defesa da independência de São Paulo não é crime!

31/10/2014

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ARTIGO DO DOUTOR MARCONDES CAPELARI OLIVEIRA
Jurista Sulista - Apoiador do Movimento o Sul é o Meu País

Olá pessoal, gostaria de abordar alguns aspectos acerca do separatismo! Bom, muitos cidadãos apesar de simpáticos à causa não se unem ao movimento por receio de estarem violando algum preceito legal. Porém, a bem da verdade, a Lei 7 170/83 (que prevê punição aos crimes que lesam a segurança nacional ou a unidade territorial) teve uma redução no seu alcance prático no que se refere a manifestação de vontades. Pois a Constituição Federal promulgada em 1988, no art. 5°, IV e IX passou a assegurar a livre manifestação de pensamento, no VIII garantiu que ninguém será privado de direitos por motivo de convicção política, e nos XVI, XVII e XVIII, permitiu o direito de reunião e de associação para fins pacíficos.

Todos os demais artigos que foram recepcionados pelo dispositivo Constitucional referem-se a movimentos de caráter paramilitar, ou que se valem de ajuda estrangeira para por meio de estratégias militares tomar o país ou provocar o desmembramento do mesmo ou uma ruptura no estado de democrático de direito. Falando de forma clara, difundir o tema de forma pacífica, se valendo dos meios legais e legítimos postos a disposição em um estado democrático de direito em hipótese alguma fere a ordem pública, muito pelo contrário, pois trata-se do exercício pleno da liberdade de convicção e opinião, arguido na CF de 1988.

Lendo acerca do tema pude encontrar opiniões como a do nobre jurista Damásio de Jesus que afirmou que os crimes elencados na Lei n° 7.170 só se tipificam quando há "ato executório de tentativa de divisão do país, mediante violência física, grave ameaça, atos de terrorismo, estrutura paramilitar, etc.".

A partir daí surge o seguinte questionamento: Apenas trabalhando no campo das ideias e apenas manifestando nossa vontade conseguiremos alcançar o nosso objetivo? Bom, estive lendo a respeito e a maioria das pessoas é da opinião de que de início possuímos pelo menos três obstáculos:
a) Os habitantes da região sul consideram-se brasileiros (Ainda há uma assimilação cultural muito grande e alguma parcela da população se sente integrada a federação, ou seja, se vê mais como brasileiro do que como sulista); e,
b) Nossa administração não é independente;
c) Não possuímos força armada própria, mas apesar disso, acredito que sim! Batalhando dentro da lei, no campo da política e das ideias podemos alcançar nossos objetivos, creio seguramente que o primeiro passo a ser dado, é a busca por um elemento de unidade, algo que nos identifique como sulistas, algo que nos permita sentir muito mais sulistas do que brasileiros, e isso só pode ser alcançado de forma plenamente legal, através do debate e da exposição contínua de ideias e ideais.

A resolução dos obstáculos seguintes se dará como consequência dessa unidade, lendo a “Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais”, fica evidente que nenhum povo tem a obrigação de viver sob o jugo de um país onde sua cultura ou etnia não se insere e é preservada, infelizmente somos colônia, historicamente falando fomos anexados a federação, após muitas batalhas. Nós sulistas possuímos características próprias e de fato não nos inserimos no contexto sócio-cultural brasileiro, e de posse deste entendimento podemos sim arguir nossa liberdade, conscientes de que com isso não estaremos infringindo a lei.

Outro aspecto a ser abordado é a questão do pacto federativo, no Art 1° da nossa Constituição há o seguinte texto: “A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos...”. Ou seja, há a expressa proibição do desmembramento de qualquer estado ou município parte da federação.

Pois bem, nosso estado, nossa sociedade, nosso direito, principiologicamente falando é contratualista. Existem três principais autores contratualistas, e gostaria de explicar o contratualismo a partir de dois deles: Hobbes e Locke, em síntese, para Hobbes e Locke, as pessoas de determinado grupo que convivem em sociedade optam por abrir mão de certas liberdades em troca de garantias, como por exemplo, eu abro mão de tomar algo de alguém, porém tenho o meu direito de propriedade garantido, ou abro mão de ferir alguém mas tenho a garantia de que serei protegido de agressões. Para Hobbes o objetivo do contrato social é a segurança, pois segundo ele em um mundo sem normas se instauraria o caos, para Locke, o objetivo do contrato social era garantir a liberdade e a propriedade, pois sem uma norma social, cada um seria juiz de si mesmo. Bom, no intuito de fazer valer esse acordo social, as pessoas agora em sociedade criariam órgãos e forças (subordinadas a vontade social) que fariam com que os demais cumprissem o que fora referendado pela maioria.

A Constituição Federal de um país nada mais é do que a materialização deste contrato, é um compêndio contendo as normas que regerão a sociedade após um acordo de vontades dos cidadãos, onde a maioria optou por abrir mão de parte de sua liberdade em troca de estabilidade social e da garantia de direitos. Pois é, e o que acontece quando o Contrato Social está defasado? Ou quando há um descumprimento contratual? Quando mesmo tendo eu aberto mão de certas liberdades, o estado não me garante segurança, saúde, liberdade... Ou ainda, quando as instituições antes criadas para me socorrer hoje controlam os aspectos mais pessoais da minha vida, e servem apenas aos interesses de quem deveria me representar? E se nesse contrato social não estiverem inseridos os anseios de grande parte da população? O que fazer? Bom, a partir daí, já não há um contrato válido vigente, posto que houve um descumprimento contratual, busca-se, portanto um novo contrato, com novas cláusulas,
algo que contemple nossos interesses enquanto povo.

Afirmo, portanto com base na teoria contratualista, que o pacto federativo ora vigente já não representa a vontade da população como um todo, o que e um estado democrático de direito é motivo mais do que suficiente para que uma mudança ocorra. Afinal o que é a democracia se não o exercício do poder pelo povo?

*O autor é Consultor jurídico em Caxias do Sul - RS

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PIB da cidade de São Paulo ultrapassa 22 estados americanos

31/10/2014

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O PIB (Produto Interno Bruto) da capital paulista –US$ 102,4 bilhões– supera a riqueza gerada por 22 Estados norte-americanos, entre eles Hawai, Georgia e New Hampshire, quando analisados individualmente, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

Segundo o estudo, se a cidade de São Paulo fosse um país, ele estaria entre as 50 maiores economias do mundo, no 47º. lugar, à frente do Egito (15% maior) e do Kwait (27% maior) e na mesma dimensão da Nova Zelândia e da Hungria. Além disso, a riqueza gerada pela capital paulistana corresponde a quase 85% da economia de Israel.

O levantamento de dados econômicos e de outras áreas, além de variedades, foi elaborado pela Fecomercio-SP em função da comemoração dos 454 anos da capital paulista.

O PIB do município de São Paulo em 2005 alcançou R$ 263,2 bilhões, ou US$ 102,4 bilhões. Isso corresponde a 12,3% do PIB do Brasil. A entidade considerou a taxa cambial média de 2005, R$ 2,57.

Ainda segundo a pesquisa, o PIB da capital paulista é maior do que o de todos os Estados brasileiros, exceto São Paulo. O resultado é 7% maior do que o Estado do Rio de Janeiro e 37% maior do que Minas Gerais.

Se o município de São Paulo fosse um país, ele seria o quinto da América do Sul, ao lado do Chile, com um PIB cinco vezes maior que o do Uruguai.

A carga tributária do Brasil em 2005 ficou em cerca de 35% do PIB. A participação da cidade de São Paulo no PIB do Brasil nesse ano foi de 12,3%, portanto o município paulistano contribuiu com pelo menos 4,3% do PIB brasileiro em termos de carga tributária nacional. Ou seja, recolheu mais de R$ 90 bilhões em impostos naquele ano para o país.

O Orçamento de São Paulo foi de R$ 15 bilhões em 2005, menos de 6% do seu PIB. Para a Fecomercio, isso indica que, em média, a contribuição da cidade de São Paulo para o país é muito maior do que ela recebe de volta.

Veja informações e curiosidades sobre a cidade de São Paulo:

Dados geopolíticos

São Paulo é a terceira maior cidade do mundo e a maior das Américas, com mais de 11 milhões de habitantes;

O orçamento da cidade é o terceiro maior do Brasil, atrás apenas do governo federal e do estado de São Paulo;

A cidade de São Paulo tem um território de 1.530 kms2;

A taxa de alfabetização está em 95,4% da população;

Dados econômicos

A cidade de São Paulo é o principal centro financeiro da América Latina e abriga sucursais das maiores instituições bancárias do mundo. São aproximadamente 1.500 agências de bancos nacionais e internacionais. E ainda abriga 38% das sedes das 100 maiores empresas privadas de capital nacional; 63 % das sedes de grupos internacionais instalados no país. São Paulo também é sede de 16 dos 20 maiores bancos múltiplos e comerciais; de oito das dez maiores corretoras de valores e de cinco das dez maiores empresas de seguros;

A BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) é a sexta do mundo em volume de contratos negociados;

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) movimenta R$ 6 bilhões por dia;

Cerca de 30 mil milionários vivem atualmente na cidade de São Paulo;

60% de todos milionários do Brasil vivem na cidade de São Paulo;

Em São Paulo são efetuadas dez compras por segundo via cartão de crédito ou débito;

São mais de 240 mil estabelecimentos comerciais na cidade e mais de 70 shopping centers (o maior número do Brasil). Só os shoppings centers recebem mais de 30 milhões de pessoas por mês;

Variedades

Na cidade de Londres existem 20 mil táxis, e em São Paulo são mais de 30 mil;

A cidade de São Paulo hoje tem a segunda maior frota de helicópteros do mundo, só perdendo para Nova York;

Na cidade de Londres existem um pouco mais de 11 mil bares e restaurantes, e em São Paulo são mais de 38 mil; Desde 1997, a cidade é a capital mundial da gastronomia;

A cidade conta com mais de 5.000 mil pizzarias que produzem cerca de 40 mil pizzas por hora. No caso dos sushis, são produzidos aproximadamente 16.800 por hora na cidade;

São Paulo é a capital cultural da América Latina com a maior diversidade em manifestações culturais. São mais de cem peças teatrais por semana, ou 4.800 peças por ano;

São Paulo é a 3ª maior cidade italiana do mundo; a maior cidade japonesa fora do Japão; a maior cidade portuguesa fora de Portugal; a maior cidade espanhola fora da Espanha; a terceira maior cidade libanesa fora da Líbano;

Fontes:
IBGE, Prefeitura do Município de São Paulo, Banco Mundial, GeoHive, Kaiser Family Foundation / statehealthfacts, Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e Fundação Seade.

LINK:
http://wwwmarcioporto.wordpress.com/2008/01/11/pib-de-sao-paulo-supera-22-estados-dos-usa/

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Coronel Telhada apoia a independência de São Paulo

26/10/2014

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REPRODUÇÃO - TERRA
Deputado estadual eleito em São Paulo, Coronel Telhada (PSDB) usou as redes sociais para manifestar sua indignação com a reeleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, que venceu o tucano Aécio Neves no segundo turno da eleição.

“Mais quatro anos de corrupção e de desgoverno para o Brasil”, escreveu Telhada no Facebook. “Parabéns aos que votaram em Branco e Nulos, vocês condenaram o Brasil com a sua omissão e covardia.”

O deputado estadual eleito disse estar “triste, estou muito triste” e que acha “que chegou a hora de São Paulo se separar do resto desse país”. “Que o Brasil engula esse sapo atravessado”, afirmou.


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Um rápido olhar sobre o separatismo Paulista

23/10/2014

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VINICIUS HENRIQUE SIMÕES

O Separatismo Paulista é uma ideia escondida, por vezes associada ao nazismo, alvo de desconhecimentos e preconceitos, mas não pensamos assim quando, por exemplo, vemos nos livros de história a exploração da colônia por Portugal. Naquele contexto,reconhecemos que o Brasil estava certo em se separar de Portugal, mas quando falamos em separatismo, nos dias atuais, é errado. Podemos analisar os principais argumentos separatistas para gerar um debate inteligente. Exploração econômica. Este é geralmente o argumento mais apresentado pelos separatistas de diversas linhagens, argumento um pouco frágil, pois pressupõe que se houvesse uma melhor distribuição de recursos da união,então não haveria necessidade de separação,mas esta é uma das facetas do separatismo,tanto em São Paulo quanto no resto do mundo. O estado brasileiro é caro e abusivo demais. Para manter esta máquina é necessário corrupção e exploração, e como São Paulo é o mais rico acaba sustentando o resto.

Cultura
A questão cultural também é um fator fundamental, pois temos o aspecto da formação que é diferente daquilo que se tem chamado “país” pois quando vamos definir nação temos que ter em mente uma união sólida baseada em laços culturais, mas quando vemos que a formação cultural de um povo difere da “nação “ e a união é forçada, vemos que tem algo de errado. Neste aspecto temos que pensar também em toda a manipulação ideológica em torno do assunto, desde o governo de Getúlio Vargas todos os governos nacionais tentam enfraquecer São Paulo pelo viés da destruição cultura, alterando nossos símbolos e desrespeitando nossos heróis, também incentivando a imigração e migração desregulada para estimular o fim do povo paulista pois seria o sonho do projeto deles, sem paulistas nativos e sim misturados seria um povo sem identidade.

*O autor é professor.

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HERÓIS PAULISTAS: Emerson Fittipaldi

13/10/2014

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HERÓIS PAULISTAS: Bartolomeu de Gusmão

13/10/2014

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Do virado ao pastel: somos aquilo que comemos

13/10/2014

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CARLOS ALBERTO RODRIGUES JÚNIOR

Muito se pode dizer de um povo através de seus pequenos hábitos. É possível escrever uma enciclopédia em vários fascículos sobre as tradições de qualquer nação. Mas são realmente os pequenos hábitos que definem aquilo que qualquer povo realmente é.

E de todos estes pequenos hábitos capazes de definir uma nação inteira, nada simboliza tão bem sua identidade quanto suas comidas populares. Qualquer povo do planeta pode montar um amplo cardápio contendo suas mais variadas iguarias, mas destas, poucas terão a honra de simbolizar sua cultura e sua identidade. E geralmente são os pratos mais simples que carregam esta imensa honra.

Alguém por acaso conseguiria imaginar o americano sem o hot dog ou o hambúrguer, o italiano sem a pizza, ou até mesmo o baiano sem o acarajé?

No final do século XIX, milhões de imigrantes deixaram suas terras em busca de uma nova vida na América. Em Nova Iorque, a maioria destes imigrantes era muito pobre, e a salsicha trazida pelos alemães, feita com sobras de carne, era uma das únicas fontes de proteínas acessíveis aos mais humildes.

A ideia de colocar a salsicha no pão veio de um comerciante destas salsichas que queria encontrar um modo de seus clientes não queimarem suas mãos, já que a carne era consumida logo após ser cozida em água fervente. Até a mostarda, tradicional condimento do autêntico hot dog, possuía uma função muito clara de disfarçar a má qualidade das carnes utilizadas para fazer as salsichas na época.

Em São Paulo, a relação entre nossa cultura e nossa comida não é diferente. A culinária paulista é riquíssima e farta, e possuímos uma infinidade de pratos típicos que podem ser classificados de acordo com os ingredientes encontrados em cada região as origens de seus habitantes.

Talvez nosso prato típico primordial seja o virado. A origem deste prato remonta aos bandeirantes. Basicamente, o virado é feito a partir de ingredientes que se podia carregar facilmente sem se deteriorarem durante as expedições mata adentro.

É um a mistura de vários elementos da culinária européia com a culinária indígena. Realmente, nenhum prato é mais paulista que o virado. É o mais autêntico representante de nossas origens. É tradicionalmente servido na segunda-feira, ou seja, a semana de trabalho começa com um tradicional prato típico paulista.

Já no início do século XX, imigrantes de várias partes do mundo passaram a viver em São Paulo, e isso gerou um forte impacto em nossa cultura. E obviamente, essa mistura étnica acabou refletindo no prato do paulista. Podemos encontrar em nossa alimentação elementos das mais variadas origens.

Trazida por imigrantes italianos, a pizza tornou-se quase uma religião para o paulista. Em qualquer parte do mundo a pizza pode ser encontrada, mas em São Paulo acabou adquirindo características singulares. A pizza paulista é, reconhecidamente, uma das melhores do mundo.

No entanto, a iguaria que talvez hoje melhor simboliza a identidade paulista é o singelo e delicioso pastel. Sua verdadeira origem é desconhecida. A teoria mais aceita é que tenha sido criado por imigrantes orientais, adaptando sua culinária tradicional a ingredientes locais. Independentemente de sua origem, o pastel, feito da maneira como o conhecemos hoje, surgiu de fato em São Paulo.

Podemos encontrar pastel em todo o Brasil, mas em nenhum outro lugar possui o mesmo sabor e o mesmo contexto cultural e social que o tradicional pastel de São Paulo. É um alimento democrático, pois é acessível e aceito em todas as classes sociais. É possível encontrar na beira de uma feira um executivo trajando um caríssimo terno comendo um pastel bem ao lado do mais humilde dos seres.

Ao parar em uma feira qualquer e pedir um pastel recheado com seu sabor predileto, muito mais que alimentando seu corpo físico, está também enaltecendo sua cultura. Pode ser um ato corriqueiro, mas há muito mais valores culturais e regionais neste simples petisco do que se pode imaginar.

Aos interessados, recomendo pesquisar com carinho sobre os hábitos alimentares de nosso povo e, principalmente, experimentar nossos pratos típicos. Será uma experiência enriquecedora e, acima de tudo, deliciosa.

Liberdade para São Paulo!

*O autor é membro do MSPI


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