JÚLIO BUENO
Costumam apontar em Getúlio Vargas, como seu grande mérito, a industrialização do Brasil e, em menor grau, a adoção das leis trabalhistas. Analisemos isso de maneira mais demorada. Cabe ressaltar que a industrialização começa pra valer na república após 1914, quando se inicia na Europa a Primeira Guerra Mundial. Dados vem mostrar a extensão do franco crescimento da indústria que se deu nesse período. Em destaque devemos dizer que essa industrialização só foi possível pela prévia acumulação de capitais que os grandes fazendeiros fizeram, de modo que a indústria, sobretudo em São Paulo, não haveria de crescer e ter a força que tem até hoje se não fosse a atividade econômica predominante anteriormente, no caso, a cafeicultura. Nas eleições de 1930, Júlio Prestes recebeu franco apoio da classe industrial Paulista. A Primeira República realmente é o período de maior justiça entre os estados/províncias de toda a história do Brasil. Foi a fase onde São Paulo foi menos assediado pela União, não sendo por ela, tampouco, beneficiado, mas tendo contribuído de modo muito mais equânime e em nada assemelhado com o verdadeiro assalto que o Governo Federal hoje faz conosco. Para se ter uma ideia, Washington Luís, que embora não fosse Paulista nato, era de espírito, manteve em seu governo uma política monetária que não agradava aos cafeicultores, com câmbio fixo que fazia os lucros obtidos com o café cair, graças ao seu valor internacional. Seu governo austero também se recusou a fornecer mais dinheiro ao Instituto do Café de São Paulo. Onde está o favorecimento recebido por São Paulo aqui? Simplesmente não há. Muita gente, inclusive pessoas que podem ser consideradas como formadoras de opinião, afirmam que São Paulo só cresceu por que as indústrias aqui foram instaladas durante o período getulista. Nada mais mentiroso! Elas são anteriores ao Varguismo. Em 1930, o golpe pelo qual Getúlio Vargas ascendeu ao poder, para um período ininterrupto de quinze anos, nada mais foi do que uma artimanha de um político formado numa tradição política muito particular, o positivismo castilhista, que reinava soberano no Rio Grande do Sul e que soube, diante das circunstâncias do racha existente entre as duas maiores oligarquias do país, a Paulista e a Mineira e, também do apoio de parte da classe média urbana (em São Paulo representada pelo Partido Democrático, que havia surgido de um cisão do velho PRP) e é claro, dos Tenentes. A república brasileira estava se moldando ainda dentro de uma perspectiva liberal, com um poder executivo nacional relativamente fraco (se comparado com os modelos de presidencialismo adotado no Brasil, posteriormente) onde a federação era uma realidade e os estados possuíam uma real autonomia frente a União. O castelo da Primeira República ainda estava em construção quando o bárbaro caudilho de São Borja enxergou uma possibilidade de reinar sobre as ruínas que ele mesmo seria responsável por fazer. A República naquele período era um modelo ideal aplicado num país ainda selvagem (até hoje ainda é assim, pois os golpes e rupturas institucionais se sucedem). Vargas aproveitará esse vácuo e subirá ao poder. Retirará poder e atribuições dos estados, nomeando interventores de sua confiança nas unidades da federação de modo a manter sobre elas um firme controle. Irá, aos poucos, fazer um ajustamento com as elites, mesmo aquelas mais prejudicadas por seu golpe, inclusive em São Paulo, pós 1932. Nossas elites traíram o ideal de nossos heróis que derramaram seu sangue pela autonomia Paulista, se acertando com um ditador assassino que fez uma amarração certa de nossa terra dentro da nova estrutura do estado brasileiro, muito mais centralizado e, a partir de 1937, unitário. Os mineiros traíram São Paulo em 1930 ao romperem a "Política dos Estados" alegando que não aceitariam mais um Paulista na presidência, quebrando o revesamento MG x SP, mesmo diante da maior crise econômica da história do capitalismo, que afetava diretamente os ganhos que o país tinha com esse grão e que, por sua vez, justificava a continuidade de um elemento oriundo de São Paulo, portanto mais próximo e mais ligado a toda a cadeia produtiva cafeeira. Na verdade, os mineiros viram uma chance de trair São Paulo e dar um baixo golpe em nosso povo. Assim fizeram e ainda repetiriam a dose dois anos mais tarde. Economicamente, Vargas, astuto, também manteve uma política de fortalecimento do café, que era a principal fonte de riqueza do Brasil na época. Defender o café para ele, de algum modo, era motivo de acentuada aflição, pois ao mesmo tempo via nisso uma maneira pela qual as elites Paulistas, que ele tanto deplorava, se mantinham no controle do Estado e de certa maneira fazendo algum contraponto ao seu projeto de poder autoritário. Se é verdade que na Primeira República houve muito descaso do grande política frente a algumas questões, como saúde pública, educação, viação e transportes e mesmo em relação às classes laboriosas é por que a estrutura do estado brasileiro não era pensada para se deter sobre tais questões. Como em toda boa federação, o Brasil da época devia enxergar esses problemas como situações a serem resolvidas pelos estados e não pela União, que, em tese, não tinha essas atribuições. Vargas ao subir ao poder começará com sua política populista e demagógica, que irá tentar trazer para si, de forma amestrada e dócil, tanto as elites de todos os estados, agora mais dependentes da União e também os trabalhadores, que ele irá com maestria cooptar. Se em seu governo Getúlio adotou a Carta del Lavoro fascista como inspiração direta para as leis trabalhistas brasileiras, decisivamente não o fez por crer que com ela estaria mais amparado o cidadão, que passaria a viver com uma perspectiva de trabalho melhor, mas por que assim o indivíduo veria em Vargas o "pai dos pobres" que concedeu a dádiva do descanso e da jornada de trabalho reduzida aos trabalhadores. O velho caudilho nunca pensou no trabalhador, apenas pensava em como cooptar melhor esta classe para dela obter apoio para se manter no poder. *O autor é professor de História e presidente do MSPI
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![]() JÚLIO BUENO Vamos fazer um exercício pra lá de grosseiro, com uma comparação das cidades Paulistas e de algumas cidades importantes dos Estados Unidos. O IDH Paulista é 0,783 (dados oficiais - link no fim do texto - de 2013). Já o americano (2012) é 0,937, enquanto a média mundial é 0,694, portanto São Paulo está bem acima dos números do Brasil como um todo que está no ranking mundial na posição de número 75 (0,755) logo depois do todo poderoso Sri Lanka. São Paulo como país ocuparia a posição número 58 hoje entre todos os países, classificado como um estado de alto índice de desenvolvimento humano e a comparação com estes tem a finalidade de procurar mostrar, por que com a independência Paulista nossas cidades dariam um monumental salto rumo ao primeiro mundo, com índices sociais dignos de países da Europa Ocidental, Japão ou Canadá. Vejamos mais alguns números, agora sobre as populações das maiores cidades de São Paulo com relação a cidades de igual porte da América. 1 São Paulo 11 253 503 (Maior que NYC) 2 Guarulhos 1 221 979 3 Campinas 1 080 113 4 S. Bernardo (SBC) 765 463 5 Santo André 676 407 6 Osasco 666 740 7 S. José dos Campos 629 921 8 Ribeirão Preto 604 682 9 Sorocaba 586 625 10 Mauá 422 064 Agora olhem o tamanho de algumas cidades americanas muito importantes. São Francisco, na Califórnia tem uma população de cerca de 800 mil habitantes, um número semelhante ao de São Bernardo do Campo (habitantes estimados para 2016: 822 mil pessoas). Memphis, no Tennessee, tem um tamanho semelhante ao de Santo André. Baltimore é menor do que São José dos Campos. Osasco, na grande São Paulo tem população maior do que Boston, a cidade mais antiga dos Estados Unidos! Ribeirão Preto e Seatle tem populações semelhantes com mais de 600 mil moradores. É difícil entender que Mauá tem uma população maior do que a de Atlanta, cidade sede de um dos maiores grupos de mídia do mundo, a Turner Network Television (TNT) do magnata Ted Turner, dono de vários canais, incluindo a CNN. A cidade da grande São Paulo está no nosso estado na posição 131 no IDH (0,766) enquanto Atlanta está inserida dentro de uma região metropolitana de mais de 5 milhões de habitantes (região metropolitana de São Paulo é uma conurbação de cerca de 20 milhões de pessoas) e tem índices mais elevados. Esse tipo de comparação serve para tentar explicar por que o estado de São Paulo, mesmo tendo de pagar para o Governo Federal um valor de R$ 500 bilhões anuais em impostos ainda consegue se desenvolver em níveis humanos e sociais bem superiores àqueles que vemos no Brasil. Se não tivéssemos que sustentar essa inchada máquina governamental de Brasília, que nos suga o quanto pode e nunca se dá por satisfeita, podendo pegar os bilhões que pagamos e aplicá-los em desenvolvimento e infraestrutura apenas em São Paulo dá pra se ter uma ideia do patamar no qual hoje nós nos encontraríamos. Primeiro que uma crise de desemprego que esta que hoje podemos ver no Brasil todo não ocorreria em São Paulo. O investimento em pesquisa e em desenvolvimento tecnológico nos colocaria entre os países que mais investem e que portanto mais tem crescimento econômico. Não haveria desindustrialização, como há três décadas passa o país. A saúde seria de primeiro mundo, seja o modelo adotado o que for (público, de caráter universal, como é o sistema inglês ou totalmente privado ou ainda um sistema misto de saúde). A educação Paulista, não traria os índices constantes de fracasso que o Brasil apresenta, onde as escolas fazem com que os alunos sejam analfabetos funcionais e os universitários meros técnicos, que mal encontram um bom emprego após receberem seus diplomas. O sistema de transporte público, trens e metrôs sempre lotados, com a independência de São Paulo terão a sua malha expandida, não só dentro da região metropolitana de São Paulo, mas em todas as nossas grandes cidades, como Campinas, São José dos Campos, Santos, Sorocaba, Ribeirão Preto e várias outras. Com o dinheiro que nos é furtado pelo governo federal dá para fazer tudo com o ritmo chinês de construção e crescimento. Hoje o Brasil é sinônimo de atraso, mas São Paulo de desenvolvimento. Eu não acho que nós podemos nos contentar em continuar sendo chamados e identificados como brasileiros, como "filhos" odiados deste país, que nos explora, como um pai canalha explora um filho bondoso. São Paulo, o jovem, precisa sair da casa de seus pais para continuar a crescer e dar seguimento a sua vida, do contrário seu desenvolvimento será atrofiado, até que não mais possa caminhar com suas próprias pernas. DADOS http://hdr.undp.org/en/content/human-development-index-hdi http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-fica-em-75-no-ranking-do-idh--atras-do-sri-lanka,10000004754 https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_municípios_de_São_Paulo_por_população https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_das_cidades_mais_populosas_dos_Estados_Unidos http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=231140 *O autor é professor e presidente do MSPI JÚLIO BUENO O texto a seguir é parte de um ensaio histórico em preparo sobre a história Paulista e as bases do espírito Paulista. Os males e as virtudes de um país se encontram no corpo de sua história. Não há povo, nação ou país essencialmente perverso ou naturalmente sem atributos positivos. Todo povo é, como o próprio individuo, de natureza ambígua: bom e mau. Também não são os povos eternos e, muito menos, os países. Os homens nascem, crescem e morrem e, como eles, assim se dá entre as nações. Para que nascesse o Brasil, este país teve de ter um período de gestação no ventre português. De igual forma, como os filhos herdam caracteres de seus progenitores, também os países carregam o DNA dos povos primevos que os formaram. É impossível falar da América Portuguesa, do Brasil, sem falar antes de Portugal. O nascimento da Nação Paulista foi em 1139. Eis a nossa gênese. Não em 1554 com a fundação de São Paulo ou antes com Santo André da Borda do Campo, nem São Vicente e nem mesmo Cananeia. Nascemos com dom Afonso Henriques, que herdou o Condado Portucalense de seu pai, Henrique de Borgonha, e com audácia separou seu condado do Reino de Leão, jurando lealdade diretamente ao Papa. São Paulo nasceu nesse rompimento, séculos antes da expansão marítima portuguesa, dentro do mais puro medievalismo e do melhor da tradição cavalheiresca. Deve se dizer que não só São Paulo nasceu com a secessão praticada por Dom Afonso Henriques. Desse parto todos os lusófonos nasceram e até hoje guardam maior ou menor parte da herança genética das características culturais portuguesas. Alguns desenvolveram doenças, pestes, anomalias. A patogênese dos males do Brasil é que por hora nos interessa. O ESTADO PORTUGUÊS O pioneirismo português no campo das ciências náuticas é notável. A Escola de Sagres não existiria sem um projeto prévio, expansionista, quais os fundamentos se assentam sobre o bom messianismo católico, da mesma raiz daquele que imaginaria no século XVIII o Padre Antônio Vieira ao profetizar o Quinto Império, o império cristão por excelência, que prenunciaria as dores do fim dos dias, do fim da história, a partir da leitura do livro de Daniel,2. A expansão portuguesa não teve um mero carácter econômico, pois em sua base se encontra, antes de tudo, a fundamentação espiritual, que por sua vez é essencialmente civilizacional, construtora. Marcante será na personalidade do Paulista esse mesmo perfil, que ao tomar uma iniciativa material, sempre irá se preocupar em erigir um monumento à civilização. Assim chamaram o Paulista como “plantador de cidades”, pois por onde transitava ali deixava a marca de sua criação, não apenas de simples exploração econômica. Notório até onde caminhamos é a presença do elemento católico nesta análise. Portugal é um dos luminares, junto com a Espanha, do mais reacionário catolicismo romano. A mentalidade medieval, sustentada na doutrina e no magistério da Igreja condena o lucro. Por ser tão católico, Portugal pagará sua pena, mas este não é o seu maior pecado. A mentalidade do estamento burocrático português será o maior mal da vida dos povos lusos. A nobreza e o estamento burocrático português são essencialmente centralizadores. Portugal não é um país de grandes áreas autônomas, sendo, inclusive, considerado por muitos historiadores, o primeiro estado-nação moderno. Antecipando-se, o absolutismo monárquico luso é a prefiguração do que a Europa ainda iria ver e sentir, após completar-se essa transição política do feudalismo para o absolutismo e para o mercantilismo. Economicamente, Portugal teve de se lançar ao mar, como a sua vocação geográfica lhe impele. O comércio de especiarias com as Índias, com o Oriente em geral e com a África, nas feitorias montadas era realizado. Dado momento chegaria também à América. Junto a isso há que se compreender o fenômeno do monopólio régio, onde a Coroa organizava e controlava a economia, concedendo privilégios para a exploração de determinados setores comerciais à burguesia e mesmo membros da nobreza. Esse sistema, típico na Europa da expansão marítima, é a origem do patrimonialismo, fenômeno que consiste na confusão entre o interesse público, do estado, e o interesse individual, comercial. Junto ao patrimonialismo, o modelo econômico do capitalismo comercial (conhecido também como metalismo ou bulionismo) ainda é prodigioso em formar burocratas e a criar entraves para a livre iniciativa econômica. Patrimonialismo e cartorialismo, eis o modelo do estado português que será transposto para a América. Entre outros, destaco o que disse o professor Arno Wehling, em Formação do Brasil Colonial, que afirma ter tido o Brasil um estado antes (enquanto instituição) do que ter ser formado enquanto nação. A mais pura verdade é essa afirmação. A consolidação do Estado Nacional brasileiro é até hoje muito fraca, inconclusa e o tanto que ela caminhou até nossos dias foi pela força e pelo autoritarismo do Estado que os “donos do poder” (expressão de Raymundo Faoro) controlam. Em 1532, em São Vicente foram realizadas as primeiras eleições da história do continente americano. Mal havia povo, exceto índios, e já uma câmara municipal foi criada e representantes foram eleitos. Marcante é esse caso por dois pontos: o primeiro por ter sido feita esta eleição em São Paulo e isso se demonstrará como fato marcante e característico do estado Paulista, por seu perfil liberal e democrático e, em segundo lugar, mostra como a tradição portuguesa privilegia as instituições de governo, de estado, sempre no nascimento de um novo foco de civilização. Uma das funções que mais interessava à Coroa e que a motivava a buscar dar algum sentido e organização ao Brasil era a sanha existente para que a nova colônia desse lucro ao estado português, seja por meio do monopólio régio da exploração de algum bem, como o Pau Brasil ou mesmo a cana de açúcar ou, simplesmente, pela cobrança de impostos, que ajudaram a sustentar os empreendimentos e aventuras portuguesas por todo o mundo e também a boa vida da alta burguesia e da nobreza do Reino. Portugal cobrava um quinto de impostos. Hoje esse valor é, em muito, superior, pago pelos Paulistas à Brasília (ou Nova Lisboa). A formação histórica do Brasil é marcante pela atuação da mão forte do estado, seja no empreender, seja no recolher impostos. Como para compreender o presente é sempre necessário olhar em perspectiva histórica, olhemos para o período colonial e ali enxergaremos o surgimento de muitas chagas que afligem este país até hoje. São doenças de tamanha gravidade que a administração do remédio pode significar a morte do corpo. Pessoas mais racionais diriam que um corpo cansado, sofrido e atormentado por tantos anos de lamento e sofrência, após a morte há de repousar, sendo, portanto, a cessação da vida, um alívio gratificante. *É professor de História e presidente do MSPI JÚLIO BUENO
A existência do governo federal no Brasil só pode se dar graças às funções de parasita dos estados que ele exerce. Os estados produtores são escravos que trabalham, de sol a sol, para sustentar uma máquina perversa, extremamente eficaz em extorquir o cidadão e a promover um estupro tributário com as unidades federativas. Quem no estrangeiro parar e se deter em compreender como um país como o Brasil pode estar com suas finanças tão fragilizadas provavelmente ficará sem entender. Atribuir facilmente apenas ao petismo a ruína econômica de hoje é errado. O PT fez apenas com que um corpo enfermo adoecesse mais. Foi como entregar um alambique aos cuidados de um alcoólatra. Os historiadores, com toda a razão, afirmam que no Brasil antes de haver povo já havia estado. Portugal fez com que todo um aparato institucional aqui desembarcasse no período colonial, com uma finalidade econômica e política, para proteger essas terras sem fim que eram alvo da cobiça de outras potências coloniais europeias. O espírito que enxerga na ação do estado o único instrumento que legitima a todas as relações humanas (e elimina praticamente a ideia de comunidade autônoma) é uma chaga da própria mentalidade do país. De norte a sul ela existe, em maior ou menor grau, dependendo da região. São Paulo sempre teve a sorte de ter sido desprezado pela Coroa Lusa. Isso para nós foi vantagem, pois nos colocou o peso e a responsabilidade de agir para a nossa própria sobrevivência como povo, sem depender da ação de senhores e tiranos, que ora aparentavam benevolência, mas sempre traziam em si o espírito da coerção infinda. O PT, partido católico, sindicalista e de intelectuais, desde que foi parido, carrega em si toda essa carga genética da herança dos valores brasileiros. Sua diferença histórica com aquilo que veio antes foi a associação com a teoria socialista. Se existem estados que hoje estejam quebrados, como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, claramente isto é resultado da contaminação que tiveram em relação à esse espírito estatista e paternalista, que foge sempre às responsabilidades individuais e à culpa, transferindo a punibilidade de todo o tipo de mal para elementos externos e vagos, como o sistema, a sociedade, o capitalismo, os pleiadianos ou os iluminattis! Os estados se optarem pela secessão poderão ser curados. Já para a União não resta outra saída que não a eutanásia. É o meio mais honrado de se colocar um fim nesse sofrimento ao corpo nacional. Mas conhecendo o espírito que habita esse corpo é de se supor que ele irá agonizar até que os vermes comecem a corroer seu velho e decrépito corpo. *Presidente do MSPI
Após uma série de ataques de vândalos contra alguns monumentos históricos de São Paulo, em particular, os que tiveram maior repercussão, em São Paulo, no Monumento às Bandeiras e à Estátua do Borba Gato, em Santo Amaro.
O MSPI se movimentou para denunciar essa lamentável situação e chamar a atenção da população e das autoridades para este fato.
O presidente em exercício do MSPI, Júlio Bueno, morador de Santo Amaro, também esteve presente diante da estátua do santoamarense Júlio Guerra, em homenagem ao bandeirante Borba Gato.
No dia 06/10/16 o núcleo da Região Metropolitana de Campinas, liderado pelo senhor Ricardo Moacir, realizou mais um ativismo também em defesa do patrimônio histórico material Paulista, limpando o monumento em lembrança da Revolução Constitucionalista de 1932, presente no centro da cidade de Americana.
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Julho 2019
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