![]() JÚLIO BUENO O que eu já havia falado tempos atrás parece que está se concretizando aos poucos. No momento em que Joesley Batista divulgou os áudios em que grampeava conversas reveladoras que teve com o presidente Michel Temer, muitos afoitos pensaram que era, mais uma vez, o momento de ruptura, de quebra das instituições, da ir as ruas, fazer de tudo para tirar o presidente de seu cargo. As gravações não se mostraram fortes o suficiente para derrubar Temer, ao contrário, foi a paulada mais dura que ele recebeu e parece que se saiu fortalecido dessa pancada. É como diz o ditado: o que não mata fortalece. Ministros caem. Deputados ensaiam rebeliões. A oposição de esquerda e a turma dos isentões da política nacional atacam e atacam Michel Temer, sem fazer com que ele caia. A Globo faz campanha contra o presidente, mas ele se mantém forte. E por que está tão forte ainda no cargo? Por que Temer é uma velha raposa da política, que sabe sentir o termômetro dos sentimentos de seus pares de ladroagem e sabe, como conhecedor da história desse país, que as elites dirigentes podem mudar de lugar, mas as coisas sempre acabam como estavam antes de começar. O acordão das elites é a prática mais comum da história política do Brasil e ainda se mantém como algo recorrente. A Lava Jato, esperança de muitos, não conseguirá consertar o país. Sérgio Moro pode buscar ser o cavaleiro solitário que caça todos os ladrões e salteadores destas plagas, mas há bandidos por toda a parte, prontos para anular suas sentenças. Em 2018, com um cenário econômico ainda devastador e com inúmeras denúncias de corrupção caindo sobre petistas e não petistas, os famélicos dos grotões da velha Banânia e também aqueles nem tão famélicos, mas saudosos de uma década atrás, irão eleger Lula da Silva como presidente mais uma vez. E São Paulo irá, de novo, ter um presidente que não elegeu. É uma sina que parece nos perseguir. Ou nos separamos deste país ou nos afundaremos com ele.
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Julho 2019
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