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Direita e esquerda: inimigos de São Paulo

20/5/2017

4 Comentários

 
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JÚLIO BUENO

Nos últimos dias, mais uma vez, o caos generalizado tomou conta da política brasileira. Gravações clandestinas feitas pelo empresário goiano Joesley Batista de um encontro que ele manteve, às escondidas, com o presidente Michel Temer, fizeram com que mais uma vez se dissesse "a república caiu". 

Michel Temer não condições de permanecer na presidência, por mais que queira se afirmar que o áudio das tais gravações clandestinas tenham sido editados e sejam inconclusivos. Temer sabia da corrupção da empresa JBS e nada fez. No mínimo, o presidente prevaricou.

Contudo, dessa vez, movimentos populares, de esquerda e da direita, não se mobilizaram como costumeiramente fazem, isso por que o esquema de corrupção da JBS Friboi atinge a todos os partidos de maneira indistinta. Tanto movimentos que apoiam o PSDB e PMDB quanto aqueles que apoiam o PT e a esquerda, em geral, tem "telhado de vidro" e não tiveram a capacidade de reação apropriada para mais um momento de caos nacional.

Quem veio mostrar sua força nessa momento e colocou suas bases para trabalhar são os movimentos que buscam a independência de seus estados. O movimento O Sul é o Meu País largou na frente e convocou uma manifestação para o dia 03 de Junho, convidando movimentos congêneres de outros estados e regiões a também se mobilizarem para esta data. São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco também estão seguindo o exemplo e convocaram manifestações para o mesmo dia.

Tanto a esquerda quanto a direita brasileira ficaram estupefatas, diante da vanguarda que os movimentos nacionalistas tomaram, frente a esse momento de falência geral de todas as instituições do estado brasileiro.

Seguidores exaltados do deputado Jair Bolsonaro tomaram a dianteira para atacar ao Movimento São Paulo Independente. Como que diante de uma ameaça existencial, O grupelho "Direita São Paulo", que existe unicamente para exaltar e adular políticos daquilo que já se convencionou a chamar de "Nova Direita Brasileira", saiu para o ataque contra todos os separatistas paulistas, dando uma demonstração nítida de histerismo, típico de seguidores de grupos messiânicos e seitas políticas.

Muitos desses participantes de grupos como "Direita São Paulo" se dizem nacionalistas, mas, a bem da verdade, não conhecem com nenhuma profundidade o sentido do que é ser um verdadeiro nacionalista.

São os direitistas brasileiros simples "nacionalistas de estado" e não nacionalistas de nação. O Brasil, país independente desde 1822 jamais conseguiu se transformar em uma nação. É composto por um amontoado de povos e nações, que sufocados pela ação tirânica do estado centralizador, se veem, aos poucos, obrigados a adotar o gentílico e a identificação de brasileiros.  A suposta identidade nacional brasileira se resume a uns poucos símbolos impostos pelo estado, como o hino e a bandeira e por meia dúzia de estereótipos forjados, como samba, futebol, novela e devassidão.

O general alagoano Góes Monteiro, certa vez afirmou:

“Que quer o povo? Antes de tudo é preciso no Brasil, saber-se o que quer cada um dos povos que o compõem. As aspirações nacionaes são múltiplas e antagônicas, definidas pelos interesses nítidos de cada região e coloridas pelas varias mentalidades já crystalizadas sob cada pedaço do céu. Não há nação mais desigual que a brasileira. Uma simples inspecção ocular pelo seu acidentado mappa demonstra ao menos esperto a instintiva diversidade dos interesses das suas populações e, como consequência, os immanentes conflictos das suas mentalidades.”  (1)

Ou seja, chegamos a conclusão que mesmo um sujeito que tenha feito, junto com Vargas, uma cruzada pessoal para eliminar toda a diversidade nacional que existe no Brasil, como é o caso do general Góes Monteiro, teve que admitir que este país não constitui uma nação, senão a aglomeração de diversas e múltiplas mentalidades, abertamente conflitantes entre si.

São Paulo sim é uma verdadeira nação, amarrada a força pelo estado brasileiro e por sua elite controladora de coronéis, que quer ver a todo o custo preservada a desditosa unidade nacional, com o único objetivo de controlar os recursos financeiros provindos do trabalho do povo de São Paulo. Nós, os Paulistas nos formamos, pela Providência, como uma nação.

Corrobora conosco o escritor Plínio Ayrosa:

“São Paulo, mesmo antes da descoberta do Brasil, já era uma nação amada e defendida por um povo bom, valente e generoso; já era uma nação definida geograficamente, não pelos tratados hipócritas das chancelarias, mas  pelas flechas sibilantes dos arcos guaianás”. (2)

Os ditos nacionalistas brasileiros, portanto, são na verdade estatistas, idolatram a um estado e não uma nação. Os Paulistas se gloriam pelos feitos de seus antepassados, pelo espírito Paulista, grande guia de nossa mentalidade. O Brasil e seus supostos nacionalistas, exaltam um território que não foram responsáveis por construir e por um estado inchado e ineficiente. É ainda este pretenso nacionalista tupiniquim um messianista, pois atrela o seu dever patriótico à condução de um líder: assim foi com Pedro II, Vargas, João Goulart, Collor, Lula e, mais recentemente, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro e Jair Bolsonaro. Se não tiver um líder em que possam fiar suas esperanças, os brasileiros se veem sem norte e desbaratados.


Não pretendo, também, me deter em demasia aqui em fazer grandes criticas sobre a esquerda brasileira, pois ela é, na extensa maioria das vezes, portadora das mesmas deficiências da nova direita brasileira, que ela tanto diz combater. São os esquerdistas brasileiros igualmente nacionalistas de estado, são patrimonialistas e messiânicos. Quando é para sufocar a liberdade e a autodeterminação e, acima de tudo, para atacar São Paulo e os Paulistas, esquerda e direita se irmanam e unem suas vozes e não há surpresa nenhuma nisso, afinal de contas, ambas são filhas do pensamento iluminista da Revolução Francesa.

O que propomos é que os Paulistas tomem consciência da reiterada falência do estado brasileiro e, quando este vêm a falência, podemos enxergar com clareza a unidade nacional se dissolver. Sejamos nós, nacionalistas Paulistas, os agente maiores de dissolução do grande Leviatã brasiliense. Não desviemos nossos passos nem para a esquerda e nem para a direita. Qualquer solução que queira ser vendida e que se proponha a consertar o estado brasileiro é falsa! Devemos lançar nosso olhar adiante, para frente dessa falsa disputa de poder entre os partidos políticos atuais. Enxergar avante, para o Paulista, é deixar o seu espírito empreendedor e construtor falar mais alto. Se construímos uma civilização no meio dos sertões, saberemos nós também nos reerguer frente ao colapso do Brasil.

(1) Entrevista do Gal. Goés Monteiro em “O Jornal”, citado por Menotti del Picchia em “A Revolução Paulista”.
(2) Revista Revoluções Brasileiras, s/d, Editora Escala.

*O autor é professor de História e Secretário Geral do MSPI
4 Comentários
José de Andrade Filho
22/5/2017 11:10:52

Concordo plenamente, Júlio. A sede de liberdade dos paulistas só se compara com a dos suíços. Sabemos que unitarismo e centralização caminham de mãos dadas e a nossa futura organização politica de país independente será calcada na cultura politica dos suíços. Vamos promover uma ampla descentralização politica e administrativa em nossas regiões, futuros cantões paulistas, para que não haja uma realimentação de intenções separatistas dentro de nossa própria nação paulista.

Responder
Júlio Bueno link
14/6/2017 23:36:54

É isso aí, José. O modelo suíço certamente é um dos melhores para nós. Descentralização, comunitarismo, verdadeira cidadania, liberdade e garantia dos direitos naturais para os indivíduos.

Responder
allyson lula de sousa
13/6/2017 08:39:24

Sou do Centro-Oeste e tenho refletido com interesse sobre o tema. Nosso agronegócio vem garantindo a maior parte das divisas internacionais de que se vale o Brasil. Sou simpático à ideia do separatismo paulista. Seria interessante para nós, do Brasil Central. Poderíamos ampliar nosso modelo agroexportador para o Nordeste, impulsionando a indústria do turismo nessa região, e expandir o modelo do agronegócio para o setor de mineração do norte, bem como poderíamos bancar a instalação de clusters de exploração científica sustentada do capital biótico amazônico. Uma indústria de patentes em várias frentes (talvez o de princípios ativos de medicamentos como principal frente) poderá servir, com a criação de outro polo exportador. Enfim: seria interessantes para nós também, porque com São Paulo e o Sul fora o Brasil Central teria oportunidade de liderar um país realmente voltado para sua vocação natural: a agricultura de exportação e a mineração, com essa novidade da exploração tecnológica do capital biótico do norte amazônico.

Responder
Júlio Bueno link
14/6/2017 23:42:07

Eu não tenho a menor dúvida de que o Centro Oeste estará muito melhor sozinho, do que amarrado ao Brasil. Poderia ter liberdade econômica maior, mais facilidades para melhores seus índices de desenvolvimento humano e de prosperidade. Temos que fomentar o pensamento secessionista na região!

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