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Feudalismo, socialismo e a sociedade paulista

26/9/2015

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CARLOS ALBERTO RODRIGUES JÚNIOR

Qualquer criança aprende na escola que a sociedade feudal era formadas basicamente por servos (camponeses) e senhores feudais (nobres). Os senhores feudais eram os detinham a propriedade de todas as terras e meios de produção, enquanto os servos detinham como único bem sua força de trabalho. Pode-se dizer que os próprios camponeses eram propriedades da nobreza, já que além de não possuírem bens, não havia para eles qualquer oportunidade de mobilidade social. Não é exagero algum dizer que os camponeses na prática eram escravos, pois estes estavam integralmente submetidos às vontades da nobreza.

A sociedade medieval começou a experimentar uma pequena mudança através de uma nova casta que surgia. Era formada por homens livres, ou seja, homens que viviam fora dos feudos, e por falta de alternativas de subsistência, uma vez que eram impossibilitados de possuir terras, já que estas eram possuídas exclusivamente pela nobreza, passaram a se dedicar a atividades como o comércio. Estes homens livres viviam em cidades, os chamados burgos, e daí veio o termo “burguês”. Por não estarem inseridos dentro do modelo de sociedade feudal que vigorava na época, viviam às margens da sociedade, eram desprezados pela nobreza e mal vistos pela igreja.

Conforme o tempo foi passando, estes homens foram prosperando. Prosperara tanto que acabaram criando condições de desafiar a nobreza. Graças à ascensão da burguesia, os regimes absolutistas foram derrubados, e a sociedade entrou em um período de pleno desenvolvimento cultural, social e econômico.

Anos mais tarde, Marx referia-se à burguesia como a casta que detinha os meios de produção e o capital. Em sua visão, o capitalismo deveria ser substituído pelo socialismo, onde as massas populares assumiriam o controle dos meios de produção. O conceito de propriedade privada seria eliminado.

Na prática, todas as experiências socialistas acabaram se tornando uma espécie de feudalismo, onde todos os meios de produção pertencem ao estado. Embora os regimes socialistas afirmem que os meios de produção sejam coletivos, a coletividade nunca teve de fato controle algum por tais meios de produção. Pior ainda, as experiências socialistas acabaram por criar uma verdadeira “nobreza” estatal. No final, a velha imobilidade social do regime feudal acabou retornando em nações que adotaram tais experiências socialistas, pois a classe trabalhadora sempre permaneceu em sua condição de mera fornecedora de força de trabalho, submetida às vontades do estado centralizado.

Analisando a história de São Paulo, veremos que a formação da sociedade paulista possui muito em comum com a burguesia européia medieval. A capitania de São Vicente era a mais pobre e mais distante da metrópole portuguesa. Desprovida de alternativas, seus primeiros habitantes tiveram que desenvolver seus próprios caminhos para prosperarem. Assim como ocorreu com a burguesia européia, foi mera questão de tempo para que os paulistas colhessem os resultados de suas investidas.

A prosperidade obtida pelos paulistas acabou ocasionando reações parecidas às de Marx frente à prosperidade obtida pela burguesia européia. Com freqüência ouvimos de governistas

alinhados ideologicamente ao pensamento marxista que o culpado dos problemas do Brasil é a burguesia paulista. Recentemente, uma certa “filósofa” arrancou aplausos de uma platéia enfurecida ao dizer que odiava a classe média, e um certo ex-presidente criou o termo “elite branca paulista” para justificar as vais sofridas pela presidente brasileira em um estádio de futebol.

O que ocorre é que tais governistas se esquecem que é em São Paulo onde se gera a maior parte da riqueza do Brasil, e que é justamente a classe média paulista que paga a maior parte dos impostos arrecadados pelo governo.

No final das contas, o Brasil é um grande feudo, Brasília representa a nobreza, e São Paulo faz o papel do pobre servo que sustenta todo esse sistema. Chegou a hora de São Paulo lutar por sua liberdade e assumir as rédeas de seu próprio destino, do contrário, sempre estará submetido às vontades de um poder maior.

​*O autor é colaborador do MSPI





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