![]() JULIO BUENO Dia a dia, passando pelas ruas, pelos bairros, na periferia ou nos grandes centros, vendo a massa trabalhadora, indo e vindo de toda parte a parte alguma, sempre vemos a quantidade e o tamanho dos problemas que afligem aos Paulistas. Não existe em parte alguma da América portuguesa paralelo capaz de se igualar à São Paulo. Somos ímpares. Com uma produção econômica anual equiparável a de grandes países, somos nós, os Paulistas, os responsáveis pelo ufanismo que muitos "brasileiros" demonstram no exterior e mesmo na sua terra. Hoje, para muitos, retornamos aos tempos dos delírios do Brasil potência. O Paulista trabalha, mas não desfruta. O suor do nosso rosto nos sustenta e a muitos outros. Muitos já disseram isso. Nós, Paulistas, não ficamos tristes em poder ajudar a quem quer que precise de real ajuda, mas há décadas que estamos só dando o peixe, e aqueles que poderiam aprender a pescar não demonstram o menor interesse em aprender as técnicas que os livrariam de qualquer auxílio externo. As elites brasileiras não sabem sequer ser elites. São meros predadores do erário público, que não demonstram a menor capacidade de explorar (no sentido positivo da palavra) as potencialidades de desenvolvimento de suas populações. É assim que se sustentam os velhos coronéis do Nordeste do Brasil, que hoje, ao contrário do começo do século passado, não mais ficam em seus feudos para obter vantagens do governo. Hoje eles são o governo e podem se abastecer de riquezas diretamente da fonte. Em compensação aqui na terra bandeirante nós trabalhamos. Não nos precisam colocar ordens e pesos sobre nós para assim fazermos. O Paulista trabalho por vocação, trabalho por amor, trabalho por dignidade real. Nunca noutra parte o ditado de que "O trabalho enobrece" fez tanto sentido quanto em São Paulo. Trabalhamos, trabalhamos e trabalhamos. Nos escritórios, nas oficinas, nas lavouras, nas fábricas. Silos, cais, arranha-céus. Essa é a civilização que cidadão planaltino criou. Seguimos em nossa jornada, mas vivendo muito abaixo do que merecemos. Das sete às cinco o Paulista mostra seu valor, mas antes e depois da jornada ele ainda persevera, na luta quotidiana para sair e chegar em casa. Todo dia o Metrô é lotado, lento e com risco de parar de repente. Os ônibus, insuficientes em várias ocasiões e ineficientes dada as condições que existem para circulação nas ruas de São Paulo. Chegando em casa, a preocupação com o caro aluguel que está para vencer ou outra hodierna preocupação logo precisam ser esquecidas, pois já é noite e o Paulista precisa se preparar para dormir, em uma curta noite de sono, pois logo, logo, é mais um dia de labuta. A verdadeira alternativa, que dará ao Paulista a possibilidade de ter uma qualidade de vida como os povos da Europa ocidental, dos Estados Unidos ou Canadá possuem hoje, está chegando. Pouco a pouco a ideia da libertação de São Paulo vai penetrando nas mentes dos Paulistas. O Paulista vai tomando consciência de que seu destino é construir a civilização do trabalho, uma civilização de liberdade e independência. Não! Não mais seremos servos da inveja alheia. São Paulo se libertará e seu algoz cairá por terra! A vida do Paulista será como ele sempre pensou, com ele podendo viver em paz e com dignidade, pelo suor do seu rosto.
0 Comentários
Enviar uma resposta. |
Ajude o MSPI
Arquivos
Julho 2019
As informações dispostas nesse blog, nos artigos de opinião, não representam obrigatoriamente a opinião do Movimento São Paulo Independente, sendo de responsabilidade única e exclusiva de seus idealizadores.
|