JÚLIO BUENO
Temer pelo que sabemos até o presente momento não vai renunciar e, como animal político casca grossa que é, tentará até as últimas forças se manter em seu cargo. Diante da pouca chance de renúncia o quadro mais provável será a cassação da chapa Dilma - Temer no TSE. Isto ocorrendo teremos eleições DIRETAS. Eleições pelo colégio eleitoral dentro do prazo de 30 dias só ocorrerão caso Temer venha renunciar. Nas eleições indiretas qualquer membro do executivo, judiciário ou ministério público não pode concorrer, sem uma carência prévia do cargo que exercia antes. Ou seja, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes, Sérgio Moro ou qualquer membro do setor judiciário não podem ser eleitos indiretamente. João Dória, ou qualquer outro prefeito ou governador, além de ministros de estado também não. Hoje o nome mais forte veiculado nos bastidores é o de Rodrigo Maia, o famoso "Beiçola". Maia é o atual presidente da Câmara dos Deputados e ainda não foi atingido em cheio pela Lava Jato ou outra operação da Polícia Federal. Ele também é famoso por ser um sujeito de bom diálogo com todas as forças políticas do Congresso, do PC do B ao PSC. É um negociador firme, ligado à Temer, mas com trânsito entre Lulistas e demais parlamentares. Maia seria o nome do grande ACORDÃO DAS ELITES que eu citei aqui ontem. Agradaria a gregos e a troianos, que seriam governados por alguém que é da sua própria laia, ou seja, um político velhaco e carreirista. Ele teria forças para fazer um novo governo de coalizão e abafar todas as investigações realizadas pela PF, mudando delegados e agentes. Contudo, o que não tenho visto a maioria dos analistas políticos comentar é sobre o que este rebuceteio (como diz um estimado amigo brasiliense) é resultado: a completa falência do país. A Constituição brasileira é um esboço de qualquer coisa, feita por esquerdistas sociais democratas, torta do princípio ao fim. O parlamento deste país é mais imundo do que qualquer lata de lixo. Ministros há vários sendo investigados. O judiciário é outro poço de podridão, com vários dos ministros do STF sendo meros apaniguados políticos, como Gilmar Mendes, Lewandowski, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Confiar em quem? Esse é o pensamento do cidadão comum que espera o salvador e redentor de todos os pecados dessa desditosa terra. Temos de confiar na razão e afundar de vez os sentimentalismos que unem e sufocam os povos que compõem o Brasil. Agir somente pela força da razão e dizer: "não deu certo". Uma nova reconfiguração, com todos os estados se separando de Brasília e recomeçando tudo do zero é a única saída possível para por um basta definitivo nisso tudo. Senão, o recomeço que a queda de Michel Temer possa vir a representar, será somente mais um momento de acordo de todos os coroneis desse país, onde todos se mexem e acabam parando no mesmo lugar onde estavam.
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Julho 2019
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