Folha de São Paulo:" Grupos defendem que São Paulo se torne independente do governo federal "11/7/2015 GUSTAVO URIBE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em uma República de São Paulo, haveria uma nova Constituição Federal. A presidente não seria Dilma Rousseff e o Real poderia ser substituído por outra moeda. A língua portuguesa, no entanto, deveria ser mantida como oficial. "O Brasil iria provavelmente continuar a existir como país, mas São Paulo seria outra unidade soberana e independente", idealiza o presidente do Movimento São Paulo Independente, Júlio Cesar Bueno. Em memória à Revolução Constitucionalista de 1932, que completa 83 anos nesta quinta-feira (9), o grupo promoveu caminhada na manhã desta quinta na capital paulista. A homenagem foi idealizada ainda pelo Movimento República de São Paulo, que defende também a independência de São Paulo em relação ao governo federal. "São Paulo arrecada muito dinheiro com impostos e tem pouco retorno atualmente. E, quando vem ajuda, ocorre como se fosse feita caridade ", critica Luciana Toledo, presidente do Movimento República de São Paulo. Ao todo, participaram cinquenta pessoas da caminhada, que teve início no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e terminou no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, o Obelisco do Ibirapuera. No trajeto, o grupo carregou bandeiras de São Paulo e puxou gritos em defesa dos bandeirantes paulistas e dos soldados e combatentes que participaram da revolta armada contra o ex-presidente Getúlio Vargas (1930-1945). "A nossa luta é contra aquilo que o Brasil representa, que é o ódio e a inveja a São Paulo", disse Júlio Bueno. Para ele, os governadores paulistas têm errado ao ver São Paulo como uma etapa para chegar ao governo federal, não como o "ápice de suas carreiras políticas". "São Paulo é sempre prejudicado economicamente, culturalmente e socialmente. Então, não adianta a forma de governo do Brasil ou o partido que esteja no poder, porque todos são prejudiciais a São Paulo", criticou. Na caminhada, foram colhidas assinaturas para uma petição em defesa de que o hino da Revolução Constitucionalista de 1932 vire o hino oficial de São Paulo. ALCKMIN Na hipótese da independência do Estado, o presidente do Movimento São Paulo Independente prega que seja convocada uma Assembleia Constituinte que defina, entre outras coisas, o modelo de governo de São Paulo. Caso o presidencialismo prospere, ele não é contra que o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), dispute o cargo. "Se ele quiser disputar uma eleição a presidente, ele pode ser eleito, não tem por que ele ser impedido de disputar uma eleição", afirmou. A presidente do Movimento República de São Paulo tem opinião diferente. "A gente não espera que o governador seja presidente. Obviamente, a gente não quer que o Geraldo Alckmin seja presidente de São Paulo", disse. LEIA O ORIGINAL AQUI: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/07/1653749-grupos-defendem-que-sao-paulo-se-torne-independente-do-governo-federal.shtml?cmpid=compfb
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O protesto deste domingo (12) foi o primeiro em que as lideranças dos principais grupos organizadores unificaram o discurso em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. No ato de 15 de março, grupos importantes como o Vem Pra Rua ainda não havia aderido à tese.
Além de Dilma, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram alvo de críticas e xingamentos. Também houve espaço para ataques ao Congresso e ao PMDB, além de pedidos de intervenção militar. Defensores minoritários de causas polêmicas como separatismo, monarquia e integralismo (versão brasileira do fascismo) tentaram aproveitar a onda, mas foram repelidos. “Trouxemos fichas de associação, mas estamos discretos porque na outra vez fomos hostilizados pelos nacionalistas”, disse Júlio Bueno, do Movimento São Paulo Independente. Era visível o menor número ontem em comparação ao protesto de 15 de março – considerada a maior manifestação de rua desde as Diretas Já. Os pontos de maior concentração eram ao redor do trio elétrico do Vem Pra Rua, que estava estacionado na esquina da Paulista com a Alameda Campinas, e em frente ao Masp, onde estava instalado o carro de som do Movimento Brasil Livre (MBL). Nos demais trechos, era possível circular tranquilamente pela avenida. Alguns manifestantes arriscavam explicações para a queda de público. Entre os motivos apontados estavam a “acomodação” do povo brasileiro, a baixa divulgação na mídia e o pouco tempo para preparação – menos de um mês desde o último ato. A médica Maria Aparecida Giomanetti, associou a queda de público à falta de ações dos políticos em Brasília. “O que aconteceu no Congresso desde o dia 15? Nada, absolutamente nada”, disse ela. Embora a maioria dos manifestantes mais uma vez fosse de famílias, muitos palavrões e ofensas faziam parte dos gritos de guerra. O Datafolha, que na manifestação de março afirmou ter 210 mil pessoas ante estimativa de 1 milhão da Polícia Militar, foi um dos alvos. A participação de políticos nas ruas foi discreta. Foram vistos circulando pela Paulista tucanos como o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, o suplente de senador e ex-deputado José Aníbal e o secretário estadual de Planejamento, Júlio Semeghini, além de Milton Flávio, presidente do diretório municipal do PSDB O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), próximo ao carro de som do Revoltados On Line, foi o único a ser tratado como celebridade e chamado até de “presidente” por manifestantes. Ao discursar, criticou o PT e defendeu o porte de armas. Empolgado com a receptividade do público, Bolsonaro insinuou que poderá se candidatar à presidência. “Quero participar da política nacional em 2018. Não estou dizendo que sou candidato, mas quero participar do debate”. Vestida de vermelho, a artesã Tarcila Soares Lima foi hostilizada na Paulista. Sozinha, ela gritava “Viva Dilma e viva Lula” e foi alvo da hostilidade de manifestantes, que passaram a vaiá-la e a gritar que “seu lugar não é aqui”. “Não recebo nenhum benefício do governo. Vim aqui defender o que é legítimo”, disse Tarcila. Ela disse ter sido xingada, mas não agredida fisicamente. “Também tenho direito de me manifestar.” (Fonte: Agência Estado - http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ato-em-sao-paulo-unifica-discurso-por-impeachment-imp-,1668549) Publicação do Painel do Leitor, da Folha de São Paulo, de 27/01/2015.
Confira no link: http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/2015/01/1580949-leitores-comentam-separatismo-paulista.shtml Por Maíra Teixeira - iG São Paulo | 12/04/2015 15:22
PORTAL IG Segundo Júlio César Bueno, presidente do movimento, se SP se separar do Brasil vai ser bom para o Estado e para o País Um grupo de manifestantes chamado de "Movimento São Paulo Independente" participa dos protestos contra o governo neste domingo (12). Segundo Júlio César Bueno, 25 anos, presidente do movimento, se São Paulo separar do Brasil vai ser bom para o Estado e para o País. De acordo com o líder do movimento, o grupo não defende um partido: "O problema não é apenas o PT, são todos os políticos e partidos". "Se São Paulo fosse um Estado independente teríamos muito que corrigir, mas acreditamos que seria positivo porque o Brasil teria melhoras e seguiria em frente, assim como nós, que somos separatistas”, concluiu Bueno que é professor de historia no ensino estadual. http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-04-12/grupo-separatista-pede-que-estado-de-sao-paulo-seja-independente.html Grupo milita pela separação do Estado do restante do País e culpa governo pela atitude extrema
O MSPI (Movimento São Paulo Independente), que luta pela separação do Estado do restante do Brasil, tem feito encontros pela capital e chamado a atenção para suas ideias. O último encontro aconteceu neste domingo (25), quando cerca de 20 pessoas fizeram uma ato no Parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo, em prol da independência. O movimento conta com 50 membros oficiais e quase 27 mil seguidores no Facebook. Porém, o grupo tem recebido diversas críticas, entre elas de ser um movimento preconceituoso e que prega ideias inconstitucionais. Para o porta-voz do movimento, o jornalista Luiz Eduardo Giaconi, as críticas não passam de preconceito e de "desconhecimento de causa". Apesar da tentativa de separação de qualquer Estado ser crime contra a União, o MPSI se respalda na liberdade de expressão para lutar por suas causas. Leia a entrevista abaixo. R7 - Por que e quando o movimento surgiu? Luiz Eduardo Giaconi - O primeiro movimento separatista paulista teve origem em 1641. Foi provavelmente o primeiro do tipo na América inteira. Por exemplo, precursor em 135 anos da declaração de independência dos EUA. Ainda tivemos movimentos fortes no século 18 e em 1932. O movimento atual ressurgiu nos últimos anos, devido à insatisfação de parte da população que não se sente representada no atual modelo de país que o Brasil se tornou, e se vê extremamente prejudicada economicamente no nosso atual sistema federativo. Atualmente, existem movimentos de separação em praticamente todos os Estados. Isso é devido ao sistema ter falhado e falido, todos cansaram de sustentar a federação e ver o dinheiro indo exclusivamente para Brasília. R7 - Quais são as principais críticas que o movimento recebe? Como lidam com elas? Giaconi - As maiores críticas que recebemos provêm, em sua grande maioria, do desconhecimento da causa e do preconceito, inclusive do preconceito contra os paulistas. Lidamos com essas críticas explicando as nossas motivações, contando a história de nossa causa e mostrando como todos os paulistas, sejam eles de nascimento ou de adoção, se beneficiariam com São Paulo Independente. Lidamos com as críticas fazendo um trabalho sério e sempre aproveitando a oportunidade para mostrar a nossa verdadeira mensagem, que não é racista, preconceituosa ou bairrista. Mostramos a verdade sobre o que queremos e o que somos. E assim conseguimos desmentir críticas mal intencionadas. R7 - Quantas pessoas estão no movimento? Giaconi - Atualmente contamos com cerca de 26 mil seguidores no Facebook, mais cerca de 50 membros filiados participantes e o mesmo número de colaboradores não filiados, além da nossa diretoria. A filiação de novos membros é sempre aberta ao público. R7 - É um movimento ligado a algum partido? Giaconi - Não somos ligados a nenhum partido ou grupo ideológico. Temos integrantes das mais diversas origens e ideologias e não discriminamos o debate de ideias entre nossos membros. Somos abertos a todos aqueles que simpatizam com a soberania paulista, independente do indivíduo preferir o azul ou o vermelho. Somos um movimento separatista. Nada mais do que isso. R7 - O grupo não tem medo de ser visto como preconceituoso? L.E.G. - Não, pois não somos. Aceitamos apoios e membros de todas as origens, etnias, credos, opções de vida e interesses pessoais. Incentivamos a participação de todos que estejam fartos do atual modelo de país e queiram uma opção melhor, com São Paulo independente. R7 - Quais os reais benefícios numa suposta separação de São Paulo do restante do País? Giaconi - Os benefícios são tantos que mereceriam um livro inteiro para que pudessem ser melhores descritos. Destacando os dois principais, temos a questão econômica e a questão política, ambas intimamente ligadas. Do ponto de vista econômico, uma República de São Paulo não veria mais de 94% dos impostos recolhidos sendo gastos fora das suas fronteiras. Fora outras questões menores sobre o tema. Do ponto de vista político, uma República de São Paulo poderia decidir suas próprias leis, códigos civil e penal, legislações sobre os mais diversos temas, sem depender da letargia ou da autorização de Brasília. Seríamos realmente donos do nosso próprio destino. R7 - Na página do Facebook de vocês há uma publicação que diz: "Não seja mais otário". Por que o movimento acredita que os paulistas são “otários”? Giaconi - Não acreditamos que os paulistas ou qualquer outro integrante da Federação sejam otários. A postagem referida apenas mostrava graficamente o absurdo que é cometido contra todos nós, todos os dias, em termos de arrecadação que não retorna. R7 - Quem vocês acreditam que poderia ser um possível presidente para São Paulo? Giaconi - Qualquer um que, em uma futura República de São Paulo, venha a ser eleito democraticamente pela maioria dos nossos eleitores. Não temos nomes, nem preferências pré-definidas. Muito menos fazemos exercícios de futurologia política. R7 - Em uma entrevista à Veja São Paulo, o presidente do movimento chama regiões de “atrasadas” e “parasitas” de São Paulo. Essa é a visão do movimento exatamente de quais regiões? Giaconi - Certas afirmações dadas à Veja SP foram tiradas de contexto ou exageradas com a finalidade de criar um maior conflito jornalístico. A visão do Movimento São Paulo Independente é a de que na atual situação, São Paulo serve como colônia extrativista da metrópole Brasília. Nos retiram quase tudo e nos fazem mendigar por migalhas. Somos parasitados pelo governo federal. R7 - O grupo cogita se unir com outros Estados limítrofes numa campanha de desmembramento do País? Giaconi - O grupo não planeja se unir a grupos de outros Estados, sejam eles limítrofes ou não. Nosso interesse é São Paulo e apenas São Paulo. Temos com grupos de outras localidades uma afinidade contra o nosso adversário comum e uma troca de informações, experiências e ideias para desenvolver causas semelhantes e paralelas, seja no Sul, Pernambuco, Acre, Rio de Janeiro ou qualquer movimento autonomista local nacional ou estrangeiro que nos procure. R7 - Como vocês lidam com a possível tentativa real de separação ser inconstitucional e criminosa, segundo a lei? Giaconi - Segundo a nossa Constituição, liberdade de expressão é cláusula pétrea. Manifestamos nossa liberdade de expressão afirmando e promovendo pacificamente a ideia de que São Paulo estará melhor livre do Brasil. A Carta da ONU (Organização das Nações Unidas), à qual o Brasil é signatário, garante o respeito às individualidades e a autodeterminação dos povos. R7 - Há algum planejamento de como seriam as relações comerciais e políticas com os então países vizinhos? Giaconi - Qualquer planejamento nesse sentido é um exercício de futurologia. O que podemos afirmar é que São Paulo sempre buscará manter as melhores relações possíveis, sejam elas comerciais, jurídicas e diplomáticas com qualquer país, seja nosso vizinho ou não, baseado principalmente nos nossos interesses coletivos, não na ideologia do governante do momento. R7 - Se São Paulo virar um país, vocês pensam em problemas como uma nova tributação que poderia onerar ainda mais o consumidor paulista que passaria a comprar produtos e matéria-prima importados? Giaconi - Os problemas da tributação sobre importados advêm da legislação tributária brasileira. Não há porque imaginar que, com São Paulo independente, a nova República siga o mesmo modelo caótico e desfavorável aos negócios e aos consumidores como o atual, que Brasília nos obriga a seguir. Podemos dar o exemplo da Nintendo [marca de vídeo games], que encerrou suas atividades no Brasil, graças às leis brasileiras. Ou da IKEA, que se recusa a abrir lojas aqui pelo mesmo motivo. Lutamos e lutaremos para que a República de São Paulo trilhe o caminho do desenvolvimento econômico sustentável e tenha um bom ambiente de negócios para todos, com segurança jurídica, e atraindo investimentos externos. FONTE: http://noticias.r7.com/sao-paulo/somos-parasitados-pelo-governo-federal-diz-porta-voz-de-movimento-que-pede-independencia-de-sp-27012015 Daia Oliver e Fernando Mellis, do R7
Principal causa do grupo só seria possível se o Brasil tivesse uma nova Constituição. Menos de 20 integrantes do Movimento São Paulo Independente se reuniram neste domingo (25), aniversário de 461 anos da capital paulista, para uma celebração no Obelisco do Ibirapuera. Apesar de defenderem algo inconstitucional (a separação de uma unidade da federação), eles aproveitaram a ocasião para defender que o Estado de São Paulo se torne um país. O professor de história e também presidente do movimento, Júlio César Bueno, de 24 anos, diz que a independência de São Paulo traria somente benefícios. — São Paulo poderia gerir integralmente toda a riqueza que é produzida aqui. Grande parte dessa riqueza sai daqui e não retorna em benefício para quem é daqui. Outro associado, Vinícius, de 22 anos, alega que a separação permitiria que o Estado voltasse a ter uma cultura própria, segundo ele, esquecida com o tempo. — São Paulo tem uma cultura própria de empreendedorismo, com os Bandeirantes, de estudo de uma identidade cristã, religiosa, com os jesuítas. Essa identidade foi sendo abafada ao longo dos anos. A reivindicação do pequeno grupo separatista vai contra uma cláusula pétrea da Constituição Federal. O artigo 1º diz que “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”. Para mudar isso, somente uma nova Constituição. FONTE: R7 http://noticias.r7.com/sao-paulo/grupo-que-quer-independencia-de-sp-se-reune-no-ibirapuera-25012015 Daniela Lima, de São Paulo.
O nome seria República de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) até poderia ser empossado presidente, desde que tivesse apoiado a separação do estado do restante do Brasil. "A moeda muito provavelmente não seria o Real. Até porque, né..." Esse é o país dos sonhos de Júlio César Bueno, um professor de história de 24 anos que comanda o Movimento São Paulo Independente. Na manhã deste domingo (25), dia do aniversário da capital, ele e seu grupo marcaram um encontro em frente ao Obelisco, em frente ao parque Ibirapuera, monumento símbolo da revolução constitucionalista de 1932. "O que nós queríamos era fazer uma visita, mas não vai dar", lamentou. É que os vigilantes do local foram avisados de que haveria uma "manifestação", e decidiram fechar as portas. Como o encontro do grupo foi divulgado na última semana pela Veja São Paulo, Júlio e seus companheiros entenderam que eram o alvo da precaução. Não pareciam oferecer risco. Ao todo, o grupo não chegava a 20 pessoas. Quando estão na rua, os entusiastas da independência de São Paulo pedem assinaturas de apoio para uma de suas bandeiras: a troca do hino do estado. Na avaliação do grupo, o Poema dos Bandeirantes "não tem melodia, nem a força" que o Estado merece. Eles advogam a adoção do Hino Constitucionalista, de 1932. Quantas assinaturas querem colher? "Um número significativo, para apresentar a um deputado que simpatize com a causa", diz Júlio. E há um deputado que simpatize com a causa? "Simpatizante, simpatizante, não. O Coronel Telhada (PSDB) é um político que nós admiramos, mas ele já disse que é contra a separação", concluiu. O movimento foi criado em 1992, viveu um forte ocaso na virada do século e, mais recentemente, retomou suas atividades. "A maioria das pessoas que o fundaram morreu. Então nós começamos a nos falar, nos grupos, na internet", explicou Júlio --ele é o presidente do movimento. "Às vezes marcamos reuniões públicas. As pessoas aparecem para ver do que se trata. Descobrem que não somos um grupo de nazistas, de xenófobos que quer expulsar nordestinos. Veem que somos pessoas normais", explica. O movimento é a favor de que São Paulo tenha uma legislação penal própria, além de regras "objetivas e claras" para imigração. "Não queremos expulsar ninguém, mas o Estado está inchado, com 40 milhões de pessoas. Como controlar isso? Estimulando uma progressão demográfica em níveis controlados." "Centenas de haitianos desembarcaram no Acre fugindo de seus país. O que fez o governador Tião Viana? Mandou todos eles para São Paulo. Claro, né? São Paulo resolve. Algumas pessoas acham que a gente não tem problema, que São Paulo é a Suécia. O Tião Viana pegou os haitianos e mandou para cá. Quem é xenófobo? Eu ou ele?", provoca Júlio. Eles dizem não serem filiados a nenhum partido. Júlio criticou a presidente Dilma Rousseff (PT) e seus principais adversários na última eleição, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). Diz que os governadores de São Paulo, inclusive Geraldo Alckmin, foram "frouxos" e não estão preocupados de fato com o estado. "Eles só pensam em uma coisa: Brasília. Querem ser presidentes", diz. A principal justificativa para defender a independência do Estado é financeira. "São Paulo é o Estado que mais produz riquezas e esse dinheiro se perde na corrupção de Brasília", diz Júlio. Questionado se seria um bom momento para pedir a independência do estado, justo quando ele atravessa a maior crise hídrica de sua história a ponto de precisar buscar água em rios federais para tentar resolver o problema a longo prazo, Júlio é pragmático. "São Paulo produz R$ 400 bilhões por ano. Com esse dinheiro, eu dessalinizo água, como faz Israel. Eu tenho dinheiro, eu compro água", responde. "Nenhum povo que buscou a independência se arrependeu. São Paulo não vai ter saudade do colonialismo de Brasília", conclui Júlio. FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO - http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/01/1580281-separatistas-querem-nova-moeda-e-sao-paulo-livre-de-brasilia.shtml?cmpid=%22facefolha_ Movimento que prega a separação de São Paulo do resto do Brasil se reúne no Obelisco no domingo26/1/2015 Brasil Post | Thiago de Araújo |22/01/2015
Uma parte da direita paulista ainda sonha em ver o Estado de São Paulo separado do resto do Brasil. Sugerida pelo vereador e deputado estadual eleito Coronel Telhada (PSDB) após a vitória de Dilma Rousseff (ele fez um ‘mea culpa’ pouco depois), o separatismo proposto por setores paulistas terá um novo capítulo no próximo domingo (25), quando se comemora o aniversário da capital. O Movimento São Paulo Independente (MSPI) promete se reunir em um ato no Obelisco, que fica em frente ao Parque do Ibirapuera e homenageia a Revolução de 1932. No evento aberto pela organização no Facebook, mais de 1 mil pessoas foram convidadas. “A causa paulista não está colada aos movimentos em si. Ela é uma causa do povo. Se hoje o MSPI, antes tivemos outros movimentos e no futuro é possível que existam outros mais. A causa pela independência está sempre viva no nosso povo”, explica o professor Júlio Bueno, presidente do movimento separatista, em recente podcast divulgado pelo grupo. Parte do embasamento do movimento, fundado em 1992 e hoje apreciado por quase 26 mil pessoas na página oficial no Facebook, vem dos interesses paulistas de caráter histórico, remetendo a eventos que remetem o Estado ao período colonial. Nesse sentido, a figura do bandeirante, desbravador e conquistador para alguns, ‘predador’ para outros (visão notadamente defendida pelos movimentos sociais), é muito simbólica. As motivações para a separação de São Paulo do resto do Brasil, segundo o grupo, são econômicas e políticas. “São Paulo se mostra o estado que mais arrecada, mas menos de 10% dessa verba retorna para cá em investimentos. O dinheiro fica perdido em Brasília, em um governo ineficiente e corrupto. Queremos poder gerir nossos próprios recursos e não precisar repassá-los para regiões mais atrasadas, que vivem de sugar e parasitar o Estado”, disse Bueno à Veja São Paulo. A entidade ainda nega que exista qualquer tipo de preconceito ou segregação em sua bandeira. “É possível e é legítimo defender a independência de São Paulo. Não existe lei que possa nos cercear. O separatismo não é racismo, não é xenofobia. Muito pelo contrário. É liberdade, a liberdade do nosso povo”, concluiu o presidente do MSPI. Entretando, há postagens que mostram o oposto - como uma que ironiza os "soldados do Nordeste" durante o conflito da Revolução de 1932. Ideias separatistas no Brasil não são uma novidade. Além das diversas revoltas que eclodiram durante mais de 500 anos – quase todas integralmente isoladas – no País, houve movimentos mais recentes, como o “Sul é o meu País”, que pregou nos anos 90 a independência dos três Estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) do resto do Brasil. FONTE:http://www.brasilpost.com.br/2015/01/22/separatismo-sao-paulo-brasil_n_6522446.html Débora Melo | Direto de São Paulo | 25 Jan 2015 14h40 atualizado às 16h30
Grupo que pede a independência de São Paulo diz que repudia xenofobia, mas propõe controle rígido da entrada de pessoas; para movimento, governo Alckmin é “frouxo”. Movimento São Paulo Independente (MSPI) marcou visita ao obelisco do Ibirapuera neste domingo, mas encontrou portões fechados. “O Estado está inchado em população. Como vamos resolver isso? Expulsando as pessoas? Não. Mas precisamos procurar meios para que a população cresça de forma controlada. Temos um território relativamente pequeno e podemos ter cada vez mais crises de falta de água e de energia”. A declaração é do professor de história Júlio César Bueno, 24 anos, presidente do Movimento São Paulo Independente (MSPI), que defende a separação do Estado do restante do País e foi criado em 1992. O grupo, que tem cerca de 50 membros, havia marcado uma visita ao obelisco do Ibirapuera neste domingo, aniversário de São Paulo, mas encontrou os portões do monumento fechados – policiais informaram que a interdição era uma medida de segurança diante da “manifestação” convocada pelo grupo. Cerca de 20 pessoas compareceram ao ato. De acordo com Bueno, o movimento “repudia” xenofobia, mas entende que é preciso controlar a entrada de pessoas no Estado. “Muita gente tende a nos relacionar com xenofobia, racismo, preconceito. Isso não bate com a realidade. Temos pessoas descendentes de nordestinos, de fé das mais variadas, homens e mulheres. Não tem discriminação”, diz. Júlio César Bueno, 24 anos, é presidente do MSPI e diz ter certeza de que São Paulo será independente um dia. "Não posso prever uma data, mas tenho essa convicção. “Não é um movimento de segregação, mas um movimento de liberdade, de melhoria e inclusão social. Mas a gente não pode aceitar todo mundo em São Paulo. Temos um território limitado e precisamos controlar a entrada de pessoas., com uma lei baseada em critérios bastante objetivos. Não dá para entrar todo mundo em São Paulo”, continua o líder do MSPI. Bueno diz ter “convicção” de que, com a independência, São Paulo teria condições de resolver todos os seus problemas. “O governo federal serve para produzir subdesenvolvimento. A gente sabe que o dinheiro que sai do Estado que paga mais impostos não vai para os Estados mais pobres. Esse dinheiro acaba se perdendo em corrupção”, afirma. Crise da água Apesar das críticas ao governo federal, Bueno diz que São Paulo poderia ser ainda mais próspero se os últimos governos não fossem “frouxos”. O Estado é governado pelo PSDB há mais de 20 anos. “Faço críticas ao governador (Geraldo Alckmin), ao partido dele e a todos que o antecederam. É um governo frouxo. Os governantes paulistas poderiam ter resolvido a crise da água, mas eles não têm nenhum interesse em governar o Estado. Todos eles têm o objetivo final de chegar a Brasília, à Presidência da República. É assim com o Alckmin, foi assim com o Serra, com o Quércia, com o Franco Montoro, com o Maluf”, diz. Questionado sobre o que São Paulo independente poderia fazer caso ficasse sem água, Bueno foi direto. “Nós não precisamos entrar em conflito com os demais Estados. A gente simplesmente compraria água. Nós temos dinheiro.” A aposentada Ligia Beatriz Abrão Jana, 59 anos, apoia o movimento. "A imigração está fora de controle. Nossos mananciais foram tomados. Mas ninguém quer expulsar ninguém. FONTE:http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/sp-nao-pode-aceitar-todo-mundo-diz-movimento-separatista,3f3ae6fc5f12b410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html Movimento formado por cerca de 50 pessoas foi criado nos anos 90 e viu número de seguidores nas redes sociais crescer.
Durante as últimas eleições presidenciais, o Movimento São Paulo Independente (MSPI) viu sua página no Facebook saltar de 8 000 para 25 000 curtidas. Na ativa desde os anos 90, o grupo hoje formado por 50 pessoas, na maioria homens acima dos 30 anos, com ideologias políticas de direita, é o principal a defender a independência do estado de São Paulo em relação ao resto do Brasil. No domingo (25), data do aniversário da cidade, às 10h30, haverá uma manifestação a favor da causa no recém-reinaugurado Obelisco, ponto que homenageia a Revolução de 32, bastante admirada pelo coletivo. Sempre presentes nas últimas manifestações anti-PT, seus ativistas, que fazem reuniões mensais na capital, passaram recentemente a expandir a divulgação pelo interior. Presidente do MSPI e professor de história do Ensino Médio, o paulistano Julio Bueno, de 25 anos, falou a VEJA SÃO PAULO: Por que defender essa ideia? O principal aspecto a se observar é o econômico. São Paulo se mostra o estado que mais arrecada, mas menos de 10% dessa verba retorna para cá em investimentos. O dinheiro fica perdido em Brasília, em um governo ineficiente e corrupto. Queremos poder gerir nossos próprios recursos e não precisar repassá-los para regiões mais atrasadas, que vivem de sugar e parasitar o Estado. O que acha que aconteceria com essas economias mais pobres, caso ocorresse a independência? O resto do Brasil precisaria criar uma nova forma de gerar riquezas, sem ser suportado por nós. Isso geraria outras formas de organização do país, gerando um novo ciclo de desenvolvimento. Os nordestinos perderiam sua galinha dos ovos de ouro. Não podemos ser responsáveis pelas finanças do Brasil todo, devemos pular fora desse barco. Os motivos são apenas econômicos? Não, também são políticos - porque somos subrepresentados em Brasília - e culturais. Os contrastes entre São Paulo e Rio de Janeiro são maiores do que entre a Colômbia e a Venezuela. Existe uma nação paulista. Porém, o Brasil não é uma nação, mas um país plurinacional. A única coisa que liga os estados é a língua, pois as diferenças se mostram gritantes. O que define a cultura paulista em sua opinião? Para crescer, São Paulo se baseou em uma ética de empreendedorismo, desde o tempo dos bandeirantes. Trata-se de um povo que procura desbravar e conquistar. Nada daquele espírito de comodismo, de levar vantagem. Procuramos resolver nossos problemas, sem muletas para nos escorar. Assim como outros estados perderiam com a separação de São Paulo do Brasil, São Paulo também não perderia benefícios provenientes de outros estados? Não perderíamos absolutamente nada. Praticaríamos o livre comércio com outras regiões. Não há motivo para ter qualquer espécie de protecionismo. Há um discurso muito forte de "nós e eles" no Movimento. Existe preconceito com as pessoas de outras regiões? Não. O movimento possui integrantes de outros estados. Nosso discurso não é de segregação. É de inclusão, inclusão dos nossos, os paulistas. O cidadão que não nasceu aqui, mas veio para cá e adotou o local como lar, engrandece o estado com sua trajetória. Quando a pessoa adota nossa ética, não é visto como o "outro". Só não podemos querer incluir o mundo inteiro dentro de São Paulo. Acredita que algum dia a independência irá se consolidar? Sim. Trata-se de um processo de longa duração. Não será de uma hora para a outra. Há outros estados que querem a mesma coisa, a exemplo de Pernambuco e o Sul como um todo. A ideia ainda é eleitoralmente repudiável, por isso políticos não a defendem publicamente. Tem também quem ache que consiste em um projeto defensável, mas não aplicável. Estamos fazendo nossa parte para promover a discussão e mostrar que a separação é possível sim. FONTE:http://vejasp.abril.com.br/materia/movimento-separatista-sao-paulo-independente?utm_source=redesabril_vejasp&utm_medium=facebook&utm_campaign=vejasp |
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